Português (Brasil)

Mulheres empreendedoras na advocacia previdenciária: rompendo barreiras e conquistando o sucesso

Mulheres empreendedoras na advocacia previdenciária: rompendo barreiras e conquistando o sucesso

Compartilhe este conteúdo:

A trajetória de Karlla Roberta de Rezende Vieira na advocacia nasceu de uma motivação sincera e clara: fazer a diferença na vida das pessoas, especialmente em momentos cruciais, como a busca pela segurança previdenciária e assistencial para amparar aqueles que mais necessitam. E faz esta afirmação e conta que quando escolheu se especializar na área previdenciária, sabia que estaria adentrando um campo repleto de desafios, mas também de imensas oportunidades para transformar vidas e assegurar dignidade a quem tanto lutou para merecê-la.

“O direito previdenciário é um ramo sensível e complexo. Cada cliente traz consigo uma história única, uma jornada marcada por anos de trabalho, sacrifício e esperança. Meu papel vai além de apenas lutar pelo benefício que é de direito, é compreender, em profundidade, cada trajetória. Com o tempo, aprendi que ser advogada previdenciarista não se limita ao conhecimento das leis. É preciso empatia, paciência e, principalmente, a habilidade de traduzir o “juridiquês” em uma linguagem simples, que acolhe e tranquiliza”.

Karlla relata que a maior recompensa que essa área lhe trouxe foi presenciar a mudança concreta na vida de tantas famílias através da tão sonhada aposentadoria ou pela concessão de benefícios extremamente essenciais. “Em muitos casos, sou a última esperança de pessoas que já enfrentaram longas e exaustivas batalhas contra a burocracia. Cada vitória representa mais do que um processo bem-sucedido; é a justiça prevalecendo, e é isso que me motiva a seguir em frente, combatendo as dificuldades que o sistema previdenciário brasileiro impõe”.

Com o passar dos anos, Karlla entendeu que o direito previdenciário se tornou mais do que uma profissão, tornou-se a sua vocação. “Hoje, com experiência e dedicação, sigo comprometida em lutar pelo melhor para cada cliente, sabendo que, além de advogada, sou também uma parceira de confiança em momentos decisivos de suas vidas”.

Com um mercado jurídico cada vez mais dinâmico e competitivo, Karlla fala de um ambiente onde a advocacia empreendedora não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para os profissionais que desejam crescer e inovar. Para ela, ser uma boa advogada hoje transcende o conhecimento técnico, pois exige criatividade, liderança e capacidade de adaptação às novas demandas e tecnologias que impactam o setor. “Empreender na advocacia requer uma visão estratégica, com foco em desenvolver serviços que atendam às reais necessidades dos clientes”.

Karla afirma que o direito previdenciário é um dos ramos mais relevantes do ordenamento jurídico, pois lida com questões de impacto social e econômico. A abordagem inclui uma ampla gama de benefícios, como aposentadorias, pensões por morte, auxílio-doença, auxílio-reclusão, salário-maternidade, auxílio-acidente e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS). Sendo que este último, por exemplo, é vital para idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que, por circunstâncias da vida, nunca contribuíram ao INSS.

Com uma prática ativa de advocacia há mais de nove anos, Karlla desenvolveu uma atuação que prioriza a humanização, a especialização e a estratégia. “Aprendi que o verdadeiro valor de qualquer processo está em fazer a diferença na vida daqueles que confiam em nosso trabalho. Garantir dignidade e segurança para tantas pessoas, muitas vezes sendo responsável por colocar comida na mesa de suas famílias, é o que me torna realizada”.

Karlla observa que a busca por serviços especializados tem crescido exponencialmente, impulsionada pelo protagonismo das redes sociais. A difusão tecnológica permite que ela atenda clientes de todo o Brasil e até do exterior, de forma totalmente remota. Esses atendimentos são conduzidos de maneira simples e acessível, garantindo que o cliente entenda cada etapa do processo, desde o primeiro contato até o recebimento do benefício.

É importante salientar que a constante atualização é essencial para os profissionais do direito previdenciário. Karlla afirma que o cenário jurídico brasileiro é instável, com mudanças frequentes que impactam toda a legislação. E que essa característica demanda dos advogados uma expertise que vai além do básico: exige uma visão estratégica e investimento contínuo em capacitação para proteger os interesses de nossos clientes da melhor forma possível.

“Meu compromisso é claro: oferecer um serviço que, além de técnico e eficiente, seja humano e transformador. É essa combinação que faz da advocacia uma profissão apaixonante, onde cada conquista é um passo a mais em direção a uma sociedade mais justa e digna. E é com essa paixão que continuo, dia após dia, escrevendo minha história como advogada e empreendedora”, finaliza.

Benefícios para aqueles que não contribuem ou nunca contribuíram ao INSS

O Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) é um importante mecanismo de proteção social, assegurado mesmo para aqueles que nunca contribuíram com o INSS. O valor do benefício é de um salário-mínimo e destina-se a dois grupos principais: idosos com 65 anos ou mais e pessoas de qualquer idade que possuam alguma deficiência que causa limitação, enfrenta barreiras e as impeça de prover seu próprio sustento.

Para ser elegível, a pessoa com deficiência precisa demonstrar, por meio de laudos médicos, que sua condição causa impedimentos de longo prazo (mínimo de dois anos) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, dificultando sua participação plena e efetiva na sociedade em condições de igualdade. Muitas condições podem ser enquadradas como deficiência, mas nem sempre são conhecidas pelo público, como autismo infantil, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), TOD (Transtorno Opositivo Desafiador), epilepsia, depressão, fibromialgia, hérnia de disco, lúpus, entre outras.

O papel do advogado é crucial para garantir que o processo de acesso tanto aos benefícios previdenciários quanto ao BPC ocorra de forma justa e eficiente. Embora o direito ao benefício esteja previsto na legislação, a obtenção prática pode ser complexa, devido a exigências rígidas e obstáculos burocráticos. Assim, a orientação jurídica pode ser determinante para apresentar a documentação correta e argumentar em favor do solicitante.

Diferente dos benefícios previdenciários, o BPC não é uma aposentadoria. Por essa razão, não prevê o pagamento de 13º salário nem gera pensão por morte. Para ter direito ao benefício, é necessário que a família do requerente esteja inscrita no Cadastro Único e comprove renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo. Contudo, essa regra de renda é frequentemente alvo de debates judiciais, pois muitas vezes não reflete a verdadeira situação de vulnerabilidade dos solicitantes. Ações judiciais podem pleitear a flexibilização desse critério, considerando outros fatores socioeconômicos que impactam a condição financeira da família. Isso significa que, em determinadas situações, mesmo com uma renda superior ao critério estabelecido, é possível garantir o acesso ao benefício.

O BPC/LOAS é mais do que um auxílio financeiro; é um instrumento de promoção de justiça social, assegurando dignidade e inclusão para aqueles que enfrentam situações de vulnerabilidade.

 

Aumento de casos de autismo e o papel do BPC/LOAS no apoio às famílias

Nos últimos anos, o número de diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças tem aumentado de forma expressiva em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Esse crescimento traz consigo novos e complexos desafios para famílias, profissionais de saúde e o sistema de assistência social, que precisa estar estruturado para oferecer o suporte adequado. Um dos principais alicerces dessa rede de apoio é o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), essencial para ajudar famílias de baixa renda a enfrentar as demandas específicas que o TEA impõe.

Para essas famílias, o BPC/LOAS vai além de um simples auxílio financeiro – ele simboliza a possibilidade de acesso a tratamentos, terapias e atendimentos especializados que podem fazer a diferença no desenvolvimento e bem-estar da criança. O benefício representa um apoio vital que assegura às famílias a capacidade de buscar cuidados que muitas vezes seriam inacessíveis sem essa ajuda.

Com o crescimento do número de diagnósticos de TEA, a demanda pelo BPC/LOAS também aumentou, exigindo uma análise detalhada e criteriosa para garantir que o benefício seja direcionado àqueles que realmente precisam. No entanto, é importante ressaltar que o processo para obtenção do BPC pode ser complexo, repleto de barreiras burocráticas e exigências como laudos médicos e avaliações socioeconômicas rigorosas. Nessa jornada desafiadora, a assistência jurídica tem se tornado indispensável para assegurar que as famílias possam acessar esse direito, principalmente aquelas que se encontram em situação financeira delicada devido aos altos custos com saúde e educação especializados.

Essa realidade evidencia a necessidade de um sistema de assistência social robusto e ágil, capaz de lidar com o crescente número de casos de TEA de forma sensível e eficiente. A ampliação e fortalecimento do BPC/LOAS para crianças com autismo são passos fundamentais na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. O reconhecimento e o apoio a essas famílias por parte da sociedade são imprescindíveis para garantir que elas disponham dos recursos necessários para prover cuidados essenciais e oferecer uma melhor qualidade de vida a seus filhos.

Com o aumento dos casos de TEA, torna-se crucial que as políticas públicas de apoio social, como o BPC/LOAS, evoluam em resposta a essa demanda. Medidas como a simplificação dos processos burocráticos e a ampliação do acesso ao benefício são essenciais para que ele cumpra sua função social e ampare as famílias de maneira eficaz. O papel do BPC/LOAS reflete o compromisso do Estado em promover a dignidade e a inclusão de milhares de crianças e suas famílias, impactando suas trajetórias de forma significativa e contribuindo para a construção de uma sociedade mais equitativa.

Portanto, é urgente que se continue investindo em um sistema de assistência e previdência justo e eficiente. O fortalecimento desse sistema é um investimento direto na dignidade e segurança de todos os cidadãos. Seja no reconhecimento de direitos, na defesa de benefícios ou na simplificação de processos, cada avanço na justiça previdenciária é um passo em direção a uma sociedade mais igualitária e protetora. Que possamos, como profissionais e como cidadãos, continuar a apoiar e desenvolver um sistema de assistência que respeite e valorize cada indivíduo, protegendo os mais vulneráveis e promovendo o bem-estar social de forma ampla e inclusiva.

Compartilhe este conteúdo: