46ª FESTA DA POLENTA – Puxadinho: biscoito frito liderou a preferência
Pela percepção da coordenadora do Puxadinho da Nonna, Adriana Falqueto, este ano o campeão de vendas foi o biscoito frito, seguido do pão caseiro e a broinha de melado, que foi feita sem trigo e sem leite, o que gerou interesse do público. As ofertas continuaram sendo o biscoito frito, o pão caseiro e em forma de jacaré, o pão de polenta com linguiça, o pão de inhame, as broinhas de melado e a broa tradicional com banana.
Adriana explica que devido ao grande movimento a equipe não deu conta de apresentar novidades. E nem precisou, pois, a variedade de itens saborosos continua encantando o público da Festa, que disputa um espaço no balcão para apreciar a produção e para comprar as guloseimas ainda quentinhas.
Por final de semana, o Puxadinho consome cerca de 125 quilos de trigo, 15 de fubá, 20 de açúcar cristal, 10 de mascavo, 20 litros de leite, uma caixa de ovos e uma de óleo, dois quilos de fermento biológico e 1,5 de químico e dois quilos de banha e cinco de feijão para preparar a menestra, prato que é servido à noite. “Têm ainda as miudezas como canela em pó, sal... Temos que citar a linguiça e a polenta, que buscamos na cozinha geral. Mas não anotei”.
Adriana conta que o público quer saber sobre os produtos mais tradicionais. “Ficam curiosos, por exemplo, em saber porque a broinha é na folha de bananeira, o porquê do pão de jacaré e como se faz o açúcar mascavo... No caso do pão de jacaré, respondemos que as nonnas faziam assim para agradar as crianças, principalmente no Natal. Quando minha geração era criança as famílias de Venda Nova já tinham acesso ao trigo e minha mãe fazia o pão em formato de bichinhos e o jacaré era um dos mais divertidos e o mais pedido”.
Para dar conta do funcionamento do Puxadinho, as primeiras voluntárias chegam às 9h e só saem a partir das 16h de sábado, sendo que às 18h é fechado. Quem fica por último tranca tudo e guarda as vasilhas. No domingo o trabalho se estende por conta da menestra, que é servida por volta das 18h30 e lá pelas 20h a equipe se organizar para sair, pois já está todo mundo muito cansado. “Não temos muitos voluntários. Poderia criar uma turma para ir lá ajudar nas horas de mais movimento”.
O horário que mais dá movimento no Puxadinho é entre 14 e 17h, quando é a partida do público de excursão e aumenta as pessoas no balcão perguntando quanto tempo falta para os pães e biscoitos saírem do forno. Elas querem levar para as crianças e as pessoas que ficaram em casa.
Já é perceptível a necessidade de aumentar a produção. Mas, na avaliação de Adriana, se faz necessário primeiro aumentar o espaço e, principalmente, o número de voluntários. “Esse ano tivemos uma dificuldade muito grande de achar uma turma que topasse ser voluntária lá no Puxadinho”.
Adriana sonha em conseguir aumentar a oferta, mas sabe que é preciso de pessoas com coragem de enfrentar o calor do forno em um lugar apertado, onde o serviço é puxado. “Eu me canso, mas amo estar ali. A maioria não aguenta: trabalha um ano e depois quer ir para outra equipe. Acha muito puxado e eu afirmo: é o puxadinho mesmo”, finaliza rindo da situação.