Especial HPM: Uma especialista em pneumologia e medicina intensiva na UTI
ROBERTA FARIA começou a atuar no Hospital Padre Máximo quando ainda não contava com as unidades de tratamento intensivo
Como médica pneumologista, Roberta Faria está apta a trabalhar tanto no ambiente hospitalar quanto em ambulatórios. No entanto, apesar da especialidade, ela buscou também formação como intensivista, dada a sua conexão com os atendimentos prestados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Padre Máximo.
A vinda de Roberta para Venda Nova se deu logo após a sua formatura em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo- Ufes, em 2016, para acompanhar seu esposo que é engenheiro agrônomo e trabalhava na região. “Não quisemos retornar ao estado do Rio de Janeiro, de onde somos, por nos identificarmos com a cidade”.
Seu início no Hospital Padre Máximo também foi logo após a sua formação, em julho daquele ano, quando ainda não existia a UTI. Roberta atuava somente no Pronto Atendimento. “Vim trabalhar numa unidade que, se comparada às das capitais, contava com uma infraestrutura pequena. Era infinitamente menor que é agora. Tínhamos nossas limitações de atendimento, mas, em contrapartida, o acolhimento humano de todos comigo, desde o início, foi excepcional. Em pouco tempo já me sentia inserida na comunidade”.
Em 2019, o Hospital abriu a UTI e o responsável, o intensivista Manoel Pedrinha, a convidou para fazer a rotina da tarde e, aos poucos, passou para o dia inteiro. Até o início de 2020 ela atendia as demandas do PS e da UTI, ficando exclusiva para o segundo em 2021.
Dentro da UTI também cabe a ela avaliar diariamente todos os pacientes e fazer o plano terapêutico a ser cumprido pela equipe multidisciplinar. “Fazemos um atendimento multiprofissional para alinhar as experiências profissionais. Buscamos saberes em unidades renomadas e atuamos vislumbrando a humanização dos atendimentos e a relação com os familiares dos pacientes”, relata.
Humanização
Roberta diz que antes de tudo, a preocupação das equipes das UTIs é com o bem-estar emocional dos pacientes. Dentre as práticas, é permitida a presença de familiares durante todo o processo. “Além disso, tentamos ter um olhar holístico, englobando todo contexto familiar e social. No Padre Máximo todas essas preocupações são aliadas a equipamentos de alta tecnologia, o que possibilita um monitoramento amplo e preciso”.
Pneumologia
Quanto à pneumologia, Roberta faz questão de esclarecer que o médico pneumologista está apto a trabalhar tanto no âmbito hospitalar quanto em ambulatórios. Ela explica que, no consultório, o atendimento começa com uma anamnese e exame clínico, seguindo com exame físico do tórax, que inclui a observação da anatomia da região, palpação, ausculta dos sons respiratórios, da voz e da tosse. “É comum que haja a necessidade de solicitar exames diagnósticos complementares, como hemogramas, raio-X, gasometria, broncoscopia, entre outros”.
Ela diagnostica e conduz o tratamento de doenças como asma, tuberculose, fibrose cística, dpoc, rinite, malformações pulmonares, pneumonia, dentre outras. “Apesar de ser uma área relativamente nova da medicina, a pneumologia vem ganhando destaque por conta do aumento na incidência de doenças respiratórias na população, consequência do processo de urbanização e aumento da poluição”.
Devido a isso e por ser uma especialidade que Roberta já amava e que não havia em Venda Nova e nos arredores, logo depois de formada a médica optou pela especialização para poder ajudar a população.
Além de diagnosticar e tratar as doenças das vias aéreas, também faz parte da rotina do pneumologista a conscientização da população sobre os riscos do tabagismo e sobre o controle de doenças crônicas e infecções, como doença pulmonar obstrutiva (DPOC), asma, etc.