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Especial HPM: Mãe aos 60 anos, uma história de coragem e superação

Especial HPM: Mãe aos 60 anos, uma história de coragem e superação

Dentre as várias histórias emocionantes que a obstetra ELIANA MODESTO TEIXEIRA tem para contar, se destaca a de uma paciente sexagenária que se tornou mãe pela primeira vez

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Antes de contar a história de uma mulher de 60 anos que deu à luz a uma menina no Hospital, a ginecologista e obstetra Eliana Modesto Teixeira faz várias considerações para que se tenha ideia do feito tão cheio de coragem, de preparo e de dedicação.

Percebe-se que cada vez mais as mulheres estão postergando a maternidade. Eliana observa que, ao estarem envolvidas no processo de desenvolvimento pessoal e profissional que a so-ciedade exige, elas estão priorizando a carreira e adiando, em determinados momentos da vida, a formação de uma família. “Infelizmente, o relógio biológico não consegue se igualar e acompanhar com a mesma eficácia essa evolução de comportamento”.

Eliana destaca este fator e explica que a mulher nasce com a quantidade de óvulos pré-determinada, no que é comumente chamada de reserva ovariana. “E, injustamente, desde o nascimento até a primeira menstruação essa reserva só diminui. O ponto chave nessa história é o fator idade, que se torna a grande barreira no que diz respeito à fertilidade”.

Como profissionais de saúde, Eliana se inclui entre os que devem ter a responsabilidade de criar essa consciência de saúde reprodutiva, orientando suas pacientes sobre a importância de se programar e se preocupar com o momento desejado de gerar filhos.

Para Eliana, essa nova realidade fez crescer cada vez mais a buscar por investigação e tratamentos de casais inférteis/infertilidade. “Com isso, eles partem para clínicas de reprodução humana, que, muitas vezes, se resolvem com a fertilização in vitro. É um procedimento que começa com a coleta de óvulos diretamente dos ovários de uma mulher e fertilizá-los em laboratório com sêmen do companheiro ou de um doador.

 

Como tudo começou

Essa saga inusitada e bem-sucedida em Venda Nova começou quando a paciente Evanir Mantovanelli Velten, 59 anos na época, procurou Eliana para dar início ao acompanhamento de pré-natal de alto risco. “Essa paciente com conhecimento e um bom planejamento reprodutivo, há alguns anos, se beneficiou da técnica de congelamento de óvulos. No momento em que se sentiu preparada para realizar o sonho de ser mãe, optou pelo desenvolvimento da técnica de fertilização in vitro, o FIV”.

Eliana conta que em sua segunda tentativa de transferência embrionária, a paciente teve êxito. “Ela levou uma gestação (de alto risco materno) sem intercorrências, chegando a termo e sua resolução através de uma cesariana no dia 10 de março de 2024, por indicação obstétrica”.

O que chama a atenção é a raridade do caso, considerando se tratar de uma mulher que gerou e gestou com idade avançada. “Tudo isso nos mostra que, com bom planejamento, a idade nem sempre será maior que o sonho de ser mãe”.

Evanir, hoje com 60 anos, é moradora de São João do Garrafão, no município de Santa Maria de Jetibá. Ela guardou óvulos por vários anos na Unifert, em Vila Velha, e fez os procedimentos com o especialista em reprodução Carlison Moschen.

Dos cinco óvulos que vingara, três foram geneticamente estudados. A primeira transferência foi feita no dia 5 de junho de 2023, mas não foi bem-sucedida. Já a segunda transferência, feita exatamente um mês após a primeira, em 5 de julho de 2023, deu certo.

A paciente iniciou pré-natal com a obstetra Eliana, no Hospital Padre Máximo, com seis semanas, época que apresentou sangramento por duas vezes. Mas foi apenas uma intercorrência superada.

De acordo com Eliana, o pré-natal foi tranquilo, sem problemas. “A paciente chegou a 38 semanas e um dia de gestação. Ela entrou em trabalho de parto pois teve ruptura prematura de membranas apresentação pélvica e foi necessário fazer uma cesariana em um domingo, dia 10 de março de 2024, às 11h14”.

Evanir deu à luz a uma menina, a Laiza Valentina, que hoje se encontra com cinco meses.

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