Com o mesmo sentimento de promover melhorias para a população assistida, já está em funcionamento no Hospital Padre Máximo um sistema que integra os sinais vitais dos pacientes com o uso de inteligência artificial (IA) para melhorar a gestão de riscos clínicos e a coordenação proativa do cuidado. A tecnologia assiste os pacientes internados, independente se pelo SUS, por convênios ou particulares

O sistema que está sendo usado em pacientes nas unidades de internação desde o mês de julho foi apresentado aos profissionais envolvidos na qualidade e segurança dos pacientes durante um Congresso no estado de São Paulo. Estes profissionais se empenharam para a sua implantação, que está contando com importantes parceiros no pagamento do investimento.

Luiza Moreira Ambrosim, coordenadora do Núcleo da Qualidade e Segurança do Paciente do HPM, ao conhecer o sistema pessoalmente e verificar os inúmeros benefícios, ficou encantada e comenta sobre as vantagens na prática do dia a dia nas internações. “Os benefícios da aquisição dos equipamentos e do sistema integrado são inúmeros, tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde. Promove a melhoria na segurança, a redução do tempo de internação, a eficiência no trabalho da enfermagem e dos médicos, a redução de erros e o suporte na tomada de decisão. Tanta eficiência contribui para um ambiente hospitalar mais seguro, eficaz e centrado no paciente. É um verdadeiro sonho ver essa qualidade em nosso Hospital”, reforça Luiza.

Depois que essa ideia chegou e consultou hospitais experientes com esses equipamentos e esse sistema das regiões Sul e Sudeste do país, a direção do Hospital decidiu fazer o investimento e aplicá-lo em todos os leitos de internação.

De acordo com a diretora Esla, o objetivo foi buscar cada vez mais a excelência e a segurança assistencial. “Atualmente, os equipamentos estão disponíveis na unidade de internação SUS (clínica médica, clínica cirúrgica, clínica ortopédica, pediatria e saúde mental), maternidade SUS e unidade de Internação privada, mantendo a cobertura do sistema em 60 leitos do HPM”.

O médico intensivista Manoel   Mauro Pedrinha esteve entre os profissionais que participaram do treinamento promovido pelo consultor de São Paulo que veio instalar os equipamentos nas unidades. Pedrinha ressalta que “a inteligência artificial ajuda a analisar grandes volumes de dados de pacientes em tempo real, permitindo a detecção precoce de sinais de deterioração clínica e a implementação de intervenções mais rápidas e eficazes, possibilitando o gerenciamento dos protocolos clínicos. É um avanço sem precedentes na qualidade da assistência aos pacientes internados no Hospital Padre Máximo”.

Esla esclarece que “a aquisição do sistema e dos equipamentos não se trata de luxo. Pelo contrário, na saúde é importante investir em inovação associada à capacitação permanente, pois os pacientes internados merecem o melhor. Em situações de urgência, o tempo é precioso na tomada de decisões”.

A diretora explica ainda que os equipamentos e o sistema Hillrom - Connecta adquiridos são extremamente importantes por diversas razões e a principal delas é “a detecção precoce de problemas. Utilizando a inteligência artificial, o sistema pode identificar sinais de deterioração clínica, que são alterações de sinais vitais que podem impactar na saúde e vida dos pacientes, antes que se tornem críticos, permitindo intervenções mais rápidas e eficazes”.

Evolução

Esla reforça que na maioria dos hospitais, assim como era até então no HPM, as verificações e os registros são feitos de forma manual. “Da forma manual, após a aferição, os dados são lançados em uma escala que mensura os parâmetros dos sinais vitais, onde cada aferição recebe uma pontuação baseada em quão 'fora do normal' estão os valores medidos. A soma dessas pontuações resulta em um score total que indica o nível de risco do paciente. A partir desse score de gravidade, o técnico de enfermagem aciona o enfermeiro e/ou o médico, conforme o grau de risco do paciente. Essa escala é uma ferramenta validada, reconhecida internacionalmente, e utilizada para identificar sinais de deterioração clínica dos pacientes”.

Os equipamentos e o sistema Hillrom – Connecta são o avanço da utilização dessa escala, pois fornecem os dados precisos e em tempo real. Conectados em uma TV em cada posto de enfermagem, da unidade onde o paciente se encontra internado, reduzem a possibilidade de erros, melhoram a segurança do paciente, agilizam o acionamento do médico e a tomada de decisão, quando necessárias.

Sobre a conexão desses equipamentos, a gerente assistencial Anna Paula Fosse, responsável técnica pelo serviço de enfermagem prestado no Hospital diz que “esses benefícios combinados ajudam a melhorar a qualidade do atendimento ao paciente e a eficiência geral do Hospital, reduzindo os riscos e aumentando a segurança durante a permanência dos pacientes nas unidades de internação. É um avanço enorme e me sinto muito feliz e honrada em ver essa inovação no HPM. É motivo de alegria e orgulho para todos os profissionais que aqui trabalham”.

Coragem e fé

Para adquirir esses equipamentos a diretora Esla usa uma frase que faz questão de levar como mantra em sua vida: “Ter fé é acreditar, é colocar o pé confiando que Deus colocará o chão”.

Esla ressalta que o propósito dessa aquisição visa a melhoria. “E quando fazemos as ações visando o melhor, com objetivo de cuidar da vida e da saúde das pessoas, temos que acreditar que Deus irá nos amparar e fazer acontecer”.

E já está acontecendo. A diretora informa que alguns empresários ao conhecerem os objetivos e os benefícios dessa aquisição, já estão colaborando com o custeio dos equipamentos, do sistema, das TV's e dos computadores, cujas aquisições foram necessárias para que tudo estivesse em pleno funcionamento.

Entidades como a Pastoral da    Saúde e o Polenta Trail Clube também estão apoiando, e Esla acredita que em breve, todo recurso necessário para honrar com o compromisso assumido nesse investimento realizado será levantado.