naugurada em fevereiro de 2024, a nova unidade de internação está nomeada em homenagem aos primeiros imigrantes italianos que chegaram ao Espírito Santo no dia 17 de fevereiro de 1874.  A inauguração da nova unidade comemora o marco dos 150 anos da imigração italiana e, por essa razão, chama-se Unidade de Internação Imigrantes.

O artista local Alexandre Altoé foi convidado para imprimir em uma parede principal uma arte que demonstrasse a gratidão mútua entre o Hospital e a comunidade de imigrantes italianos. A inspiração do artista foi um simbólico aperto de mão entre um profissional da saúde, ilustrando todos os que já passaram pelo Hospital desde a sua inauguração até os dias atuais, e a população de Venda Nova, representada pela figura de um imigrante italiano. O encontro de mãos representa a história da fundação do Hospital e a presença permanente da população na sua construção e evolução.

Até o Wi-Fi fornecido gratuitamente aos usuários dessa ala foi inspirado em homenagem aos imigrantes italianos da região, que em 1874 viajaram a bordo do navio La Sofia até desembarcarem em Vitória. Internados na Unidade de Internação Imigrantes podem navegar na internet a “bordo” da rede La Sofia. “Foi uma forma de aproximar um pouquinho da história da colonização italiana dos nossos pacientes, acompanhantes e familiares”, explica a diretora Esla.

Como está a nova unidade

A nova unidade, inaugurada há sete meses, está proporcionando maior giro de leito no hospital, ao ampliar a capacidade de acolher os pacientes clínicos e cirúrgicos. Dentre os benefícios, aumentou e melhorou as acomodações disponíveis para os pacientes que fazem cirurgias no Hospital e possibilitou a atração de mais profissionais, nas distintas especialidades. “Com o aumento do número de leitos para internações particulares e por convênios, foi possível ampliar o volume de procedimentos cirúrgicos no Hospital. Eles funcionam como leitos de retaguarda, uma limitação que se apresentava frequente nos últimos anos”, relata Esla.

A diretora explica que após a reforma e ampliação do Centro Cirúrgico, o Hospital passou a dispor de cinco salas de cirurgia modernas e equipadas, possibilitando procedimentos diversos. No entanto, este potencial estava subutilizado, situação que mudou com os atuais 13 leitos disponíveis na nova unidade. Destes, nove apartamentos são privativos e quatro leitos de “internação parcial”, também conhecido como “Day Hospital”, uma modalidade de atendimento voltada para pacientes que precisam permanecer sob cuidados por até 12 horas. E ainda há mais 19 leitos, entre apartamentos privativos e duplos para serem inaugurados ainda no segundo semestre deste ano”.

Esla explica que, com uma equipe contratada exclusivamente para atender essa nova unidade, o Hospital conta atualmente com 345 colaboradores, atuando nas diversas unidades e em todos os turnos de atendimento. “O Hospital Padre Máximo tem um time de peso para cuidar da saúde da população”, ressalta.

Filantropia e a busca de equilíbrio financeiro

Como é de conhecimento da população, o Hospital Padre Máximo é uma entidade filantrópica, ou seja, é uma instituição privada, sem finalidade lucrativa, que possui contrato com o sistema público para prestar atendimento aos pacientes do Sistema Único de saúde- SUS.

Esla explica que pelo menos 60% dos atendimentos oferecidos pelos hospitais filantrópicos são destinados obrigatoriamente ao SUS. Os demais atendimentos podem ser direcionados a planos de saúde e a pacientes particulares. “O HPM atende, cerca de 92% de pacientes do SUS. Logo, diversas frentes de atuação visam ampliar a oferta de serviços particulares e de planos de saúde, afim de complementar a defasagem das tabelas SUS. É uma busca para alcançar o equilíbrio financeiro, considerando que os atendimentos SUS tendem a apresentar uma demanda cada vez mais crescente”.