O Coffee Design na visão do professor Aldemar
Pesquisa e transferência de tecnologia para os produtores, sem se descuidar do papel principal, que é a formação de jovens
Aldemar Polonini Moreli está presente no Ifes desde 2013 e iniciou sua participação no Campus Venda Nova do Imigrante, integrando a equipe do Lapc e Coffee Design, em 2016. A parceria com o professor Lucas Louzada foi estreitando e as ações se ampliando devido às particularidades de ambos, com viés muito claro no atendimento ao produtor rural, realizando entregas tecnológicas com simplicidade e efetividade.
Estes professores conseguiram definir bem a distribuição dos trabalhos internos, de pesquisa e extensão, cada um assumindo uma estratégia, que está muito evidente ao longo dos dez anos de trabalho. Aldemar é o responsável pela transferência de tecnologia do Coffee Design e sua dinâmica tem contribuído para o desenvolvimento da cafeicultura e proporcionado oportunidades para os produtores.
“Corroborando com o professor Lucas, o Coffee Design se tornou um grande centro de pesquisa e de transferência de tecnologia, coadunando o que existe de mais relevante na identificação de fatores capazes de solucionar problemas demandados pela comunidade produtora, bem como, de sugerir processos inovativos determinantes na consolidação das características sensoriais dos cafés arábica e conilon. Isso, sem descuidar do seu papel principal, que a formação de jovens e, nesse caso em especial, temos dado grandes exemplos para a academia e para a sociedade, através da prática oportunizada para as centenas de estudantes que estiveram no seio da nossa estrutura”.
Conforme relata o professor Aldemar, a cada dia novas demandas desafiam a equipe e seus colaboradores, impulsionando energias deles para proporcionar grandes entregas a sociedade. “Nossos objetivos estarão centrados na ampliação da capacidade de contribuir para a ampliação da produção de cafés especiais, minimizando os impactos da deficiência de assistência técnica e extensão rural para a cafeicultura. Através de ações de treinamentos, visamos difundir os conhecimentos técnicos científicos relacionados ao pós-colheita de cafés, principalmente, mas também, sobre produção, processamentos, processos fermentativos, secagem, armazenagem e benefícios e estimular o empreendedorismo e o cooperativismo no seguimento dos cafés capixabas”.
Aldemar ressalta que, além desses desafios apresentados, outro grande é a temática mundial centrada na produção de alimentos na atualidade. O que está diretamente relacionada à garantia da segurança alimentar e nutricional, exigida pelos consumidores, e ainda, vinculadas à necessidade de produzir de forma sustentável preservando os recursos naturais. “Nesse contexto, nossas ações tecnológicas e inovativas são promovedoras da biodiversidade e da conservação do solo, possuindo interface direta e adequadas a mitigação de vários problemas que aflige o negócio cafeeiro há décadas, reduzindo perdas nos processos pós-colheita e na biodiversidade, estes, como fatores desafiantes”.
Outro grande desafio, finaliza Aldemar, é manter a confiança conquistada com muita determinação e presteza. “Esse será nosso papel fundamental, dentro da instituição e junto à comunidade. Entendemos que é necessário nos unirmos cada vez mais, fortalecendo os elos com os agentes financiadores dos nossos projetos, retribuindo-os com resultados que culminem com alimentos de qualidade elevada, rastreáveis e proporcionando renda e qualidade de vida para os produtores, o que diretamente contribuirá para o desenvolvimento socioeconômico do território”.