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Depressão? Exercite-se!!

Depressão? Exercite-se!!

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Numa sociedade cada vez mais competitiva e imediatista percebemos que o número de pessoas que desenvolve depressão ou ansiedade é crescente.

A Organização Mundial da Saúde (WHO 2017) apontava que naquela época a depressão atingia aproximadamente 4,4% da população mundial. Diversos estudos mais atuais apontam um aumento considerável desta proporção nos dias atuais, fato agravado inclusive pela pandemia do covid-19, onde chegou-se a ser observar que ¼ da população tenha apresentado sintomas depressivos (ALLEN, 2022).

Os sintomas de depressão são: sensação de vazio ou tristeza; Falta de vontade para realizar atividades que davam prazer; Irritabilidade; Dores e alterações no corpo; Problemas de sono; Perda de apetite; Falta de concentração; Pensamento de morte e suicídio; Abuso de álcool e drogas e lentidão.

Não é necessário apresentar todos estes sintomas acima, mas apenas alguns podem e devem levantar o alerta e buscar ajuda, pois qualquer um deles presentes numa rotina leva à uma redução da qualidade vida das pessoas.

Talvez não tenha sido coincidência a pandemia ter elevados escores depressivos, visto que por meses fomos impedidos de socializar com pessoas e restringidos (por conta da falta de espaço) de praticar exercícios físicos.

Um estudo alemão, (HEISSEL et al, 2022) buscou observar o papel do exercício físico em pessoas depressivas. Ao fim do trabalho, este grupo acompanhou pessoas medicadas que praticavam exercícios regularmente (ativos) e pessoas que não praticavam (controle) por um período de dois anos e apontou que após este período a dosagem de medicamentos aumentou no grupo controle e reduziu no grupo ativo. Cabe ressaltar que as atividades incluídas nesta pesquisa eram de exercícios mais estruturados, como aquelas que são executadas tipicamente nas academias atualmente (musculação + aeróbios).

Ainda sobre este tema, um outro grupo de pesquisadores chilenos (KSADARANGANI et al, 2023), num estudo que atingiu vários países Sul- americanos, incluindo o Brasil, buscou observar o tempo de exposição a telas (seja ela de televisão ou telefones celulares) e observou relação direta entre o tempo e a propensão a desenvolver sintomas depressivos. E ressaltou ainda que substituir apenas 10 minutos do tempo sentado e exposição a telas por atividade física (intensa ou moderada intensidade) diminui consideravelmente os valores de depressão e de ansiedade.

Cada vez mais fica comprovado que devemos pensar nosso corpo de maneira holística (completa) e buscar manter o corpo “em movimento” é um dos comportamentos que devemos enfatizar em nossa rotina de vida!

 

Dudu Altoé

Personal Trainer

CREF.: 002126-G/ES

Especialista em treinamento físico para grupos especiais

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