Organização impacta na saúde mental e emocional
Organizar a casa pode ser o ponto de partida para uma nova vida
Para criar métodos eficazes de organização, Geu Falqueto analisa espaços e estuda
opções que tragam harmonia, funcionalidade e praticidade para o dia a dia do cliente,
sempre em um formato personalizado. (Foto Wanda Ferrera/Jean Davies)
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Se você já experimentou a sensação de paz interior depois de organizar os cômodos da sua casa, ou do trabalho, sabe como é importante para a saúde física e mental viver em um lugar onde as coisas estejam em seus devidos lugares. A vida parece que flui melhor, não é mesmo? Mas nem sempre é possível manter tudo em ordem. Uma rotina corrida atrapalha e gera desânimo e ao enfrenta-lo nem sempre se domina as técnicas ideais para manter os espaços corretamente adequados.
É com a proposta de resolver esses problemas que Geu Falqueto, de Venda Nova, abraçou a profissão de personal organizer. Essa profissão, que surgiu há cerca de 30 anos com o aumento do consumismo nos Estados Unidos, veio para resolver esse problema. O profissional da organização faz uma avaliação do cliente e do espaço que irá realizar o trabalho, identifica o problema e os objetivos e aplica as técnicas para garantir o bem-estar, a economia de tempo e de espaço da pessoa que o contratou.
A atuação desse profissional vai muito além da organização dos diversos espaços de uma casa (cozinha, banheiro, despensa, área de serviço, guarda roupa, closet) ou ambiente de trabalho. Pode aliviar a tensão da família na pré e no pós mudança, bem como preparar os quartos de bebês, dos recém-casados ou mesmo no pós-morte ou enlutados.
“Também damos consultorias e treinamentos para empregadas doméstica, faxineira ou diarista”, explica Geu, animada com sua nova profissão. Ela salienta que a organização facilita a vida das pessoas. “Não é sobre dobras perfeitas, cabides bonitos, caixas... É sobre as pessoas, sobre fazer o outro ficar bem, entender que tudo tem o seu lugar e que a organização gera conforto e bem estar”.
Geu gosta de salientar que a organização envolve a vida de toda família, pois todos precisam entender e colaborar para que ela se mantenha. “Minha função é atuar para diminuir a sobrecarga das pessoas e assim possa sobrar tempo para desfrutarem melhor cada momento”.
E não existe fórmula e um modelo rígido a ser seguido, pois cada casa é um caso. Cada lar tem suas particularidades, pois os moradores têm necessidades e hábitos diferentes, por isso o trabalho é personalizado. “O meu papel é deixar tudo de acordo com as necessidades de cada cliente. Para colocar em prática as mudanças que queremos em nossa vida o primeiro passo é dar direção e é nessa hora que estou aqui para ajudar as pessoas. Como personal organizer, eu transformo vidas”.
Geu, que teve sua vida transformada com o falecimento de seu marido, episódio que a fez ver a necessidade de buscar algo novo e que lhe desse prazer. Ela e o marido foram donos de comércio durante 32 anos e, agora sozinha e com os filhos adultos, buscar algo novo tem sido estimulante. “Eu me identifiquei com essa profissão nesse novo ciclo de vida que se iniciou. Organizar sempre fez parte de minha vida e agora, ao me profissionalizar, posso compartilhar isso com mais pessoas”.