RuralturES 2024 – CAFÉS ESPECIAIS
Ancestralidade na produção presente num projeto de inovação
Num espaço amplo e acolhedor, a família Venturim/Pansini está oferecendo uma experiência diferenciada para o público conhecer o café do pé à xícara, num espaço urbano, bem à beira da BR-262, na sede do distrito de São João de Viçosa, em Venda Nova. A cultura do café, presente na família Venturim desde a chegada do primeiro imigrante, Amadeo Venturim, está representada num projeto encampado pelo casal Neusa Venturim e Ronaldo Pansini, com total envolvimento dos filhos Sara e Felipe.
O projeto de turismo de experiência está nas mãos dos jovens, que estão fazendo consultoria pelo Sebrae para aprimorar o formato do produto que já estavam oferecendo. Com ótima localização, o empreendimento tem boa visibilidade e seus proprietários já são conhecidos na região (pela experiência de comércio da família) com um histórico de sucesso na produção de cafés de qualidade, colecionando premiações na-cionais e regionais ao longo da sua trajetória.
Com uma arquitetura bem elaborada e convidativa, o espaço abriga todo o processo de torra e prova do Café Venturim. A Casa Panzin proporciona ambiente para degustar um café de alta qualidade (arábica e conilon), bolos, tortas e lanches, com opções de extração da bebida com vários métodos e ainda, neste bloco, funciona uma sala de provas onde é possível conhecer um pouco das particularidades, notas sensoriais e pontuações de cada uma das variedades produzidas.
Depois de atravessar um quintal gramado, tem-se acesso à sala de torra e de embalagens desses diferentes tipos de cafés. Todas essas opções, com notas e atributos diferenciados entre eles, são comercializadas nas prateleiras da loja, com embalagens personalizadas de acordo com a identidade de cada café.
Experiência
Para quem passa por lá com um tempinho a mais, vale a pena conhecer o processo como um todo. Os plantios estão na propriedade em Alto Bananeiras (a mais de 1.000 metros de altitude), onde são produzidos alguns microlotes, e na fazenda em Lajinha - Minas Gerais, de onde vem a maior parte da produção de arábicas e os conilon. E na Casa Panzin pode-se ter a comodidade de conhecer um pé de café.
Felipe diz que, em cada época do ano, o pé de café arábica na entrada do empreendimento apresentará uma fase da produção, desde a flor, o crescimento dos grãos e maturação. Dessa forma é possível conhecer e visualizar um pouco mais sobre a planta.
Continuando a experiência, o visitante pode chegar no balcão e apreciar uma das formas de extração (V60, prensa francesa, clever e espresso) da bebida e ainda escolher quais variedades de café quer experimentar. Paralelo à experiência degustativa, vai conhecendo diversidade de ofertas, cuja embalagens informam as nuanças da bebida como o tipo de torra, as notas sensoriais e a pontuação.
Quando essas visitas são agendadas para grupo, o empreendimento disponibiliza uma sala de prova para alguns tipos diferentes de café. Antes, um vídeo institucional faz as honras da casa, contando um pouco da história, mostrando as propriedades, os tratos culturais e o manejo.
Sara, que é a responsável pelo setor de produção e torra, já percebeu que informações simples de quem lida com a cafeicultura muitas vezes é algo encantador para um público leigo na área. Já as visitas especializadas demandam outro tipo de informação, sempre mais detalhada.
Com um projeto ainda em formatação junto ao Sebrae/ES, a família Venturim/Pansini segue recebendo e compartilhando seus conhecimentos, envolvendo o público no mundo mágico da cafeicultura, numa experiência cheia de aromas, sabores e saberes.