Em contagem regressiva para começar, a RuralturES (de 5 a 8 de setembro) vai apresentar o projeto Distrito Turístico de Pindobas, que destaca Venda Nova do Imigrante, a “Capital Nacional do Agroturismo”, como referência no agroturismo nacional. Com uma fusão de tradição e inovação, o projeto pioneiro se coloca como um catalisador do desenvolvimento regional, com uma série de atrativos.

O superintendente do Sebrae/ES, Pedro Rigo, enfatiza a importância desse marco. “O projeto busca resgatar a história da imigração italiana em Venda Nova, transformando Pindobas em um distrito turístico emblemático, com um rico acervo cultural e histórico. Buscamos estudar o caminho dos imigrantes e nos deparamos com tudo que tem em Pindobas, comunidade onde está instalada a primeira igreja da região e também onde continua erguido o casarão da família Scabello, que tem 270 anos. Naquela rota há vestígio de tudo que gostaríamos de resgatar por meio deste território”.

A concepção começou com o Sebrae/ES, ao ser reconhecido como polo nacional de turismo de experiência e com a expectativa de criar produtos de experiências turísticas de excelência e replicar para todo o Brasil. Renata  Vescovi, gestora do polo de turismo de experiência do Sebrae, explica que agroturismo é turismo de experiência em sua essência, embora a prática aconteça sem receber esse nome. “Com o marco dos 150 anos de imigração italiana, a expertise de sediar a RuraltuES e todas as características culturais, nos hábitos e na gastronomia, o município se encaixou perfeitamente. O momento imersivo, que foi a ‘Casa Nostra’ na RuralturES do ano passado, representou a experiência que o Espírito Santo precisava selar no cenário nacional”.

E ao responder onde poderia instalar o Distrito, percebeu-se que uma grande parte dos empreendimentos turísticos, incluindo os percussores do agroturismo, estavam localizados na rodovia Pedro Cola, que liga Venda Nova a Castelo. “A importância da Fazenda Pindobas para o desenvolvimento do município, sua localização e, principalmente, a existência de empreendimentos que fizeram a história do agroturismo no Espírito Santo, formou o cenário. Ainda destaco a beleza cênica e as edificações existentes, praticamente pronta para instalar”, observa Renata.

O modelo do Distrito de Pindobas foi concebido observando as experiências do estado de São Paulo, que trabalha a delimitação geográfica, envolve os poderes públicos e iniciativas privadas e instituições de fomento. “Estamos criando condições favoráveis para o desenvolvimento sustentável e tudo converge naquele espaço: sede do Polo de Turismo de Experiência, espaço expositivo, a experiência com a ‘Casa Nostra’, enfim, todos os empreendimentos existentes em seu entorno e as oportunidades de novos negócios”.

Expectativa

Segundo Pedro Rigo, a expectativa é que o Distrito Turístico de Pindobas, uma vez finalizado, consolide o turismo do Espírito Santo no cenário nacional, impulsionando o desenvolvimento regional e promovendo a preservação da identidade cultural local.

Para dar início a esse projeto e apresenta-lo à comunidade, a maior feira de turismo de experiência do Espírito Santo é uma oportunidade ímpar. A nova planta do evento ocupará um complexo de 2.335 m² na Fazenda Pindobas, o equivalente ao espaço do Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, onde as edições anteriores foram promovidas. Os organizadores esperam um público de 20 mil visitantes durante os quatro dias de evento.

O projeto do complexo turístico de Pindobas contempla espaço de experiência imersiva da saga do imigrante italiano, local para empreendimentos, área de eventos, gastronomia e ainda vai ser a nova sede para o Polo Sebrae de Turismo de Experiência. Além de convidar o visitante a fazer uma viagem no tempo com uma exposição permanente de peças relacionadas às décadas iniciais da imigração e experiências interativas na “Casa Nostra”, futuramente, o local contará com galpão para empreendimentos criativos, área de eventos e espaço gastronômico.

O direcionamento prevê o fortalecimento da governança e de políticas públicas, estudos de oportunidades de negócios e estímulo a investimentos, além da ampliação da infraestrutura de apoio ao turismo e desenvolvimento da oferta de produtos de experiência no turismo. Com a política estadual de turismo sancionada, o projeto prevê infraestrutura para eventos, espaços gastronômicos e culturais, e será a sede do Polo Sebrae de Turismo de Experiência, visando a transformação territorial e o fortalecimento do turismo local.

Ainda segundo o superintendente do Sebrae/ES, essa experiência terá como um dos pontos-chaves a chegada a Venda Nova, sede da RuralturES, onde atrativos ao turista serão preparados para recebê-lo, como por exemplo, uma casa típica de tradição italiana que será montada para compor essa rota. “Este ano estão sendo celebrados os 150 anos da imigração no Espírito Santo. Estamos preparando vários momentos para celebrar este momento histórico e a Rota da Imigração é uma dessas novidades”.

RuralturES

“Sempre levamos o turismo de experiência para a RuralturES. Agora vamos levar a RuralturES para dentro do turismo de experiência”. Renata faz a afirmação para explicar a escolha do espaço para ser a sede do evento promovido em sua quarta versão. A Feira, que funciona como um grande divulgador dos empreendimentos da região, também ajuda os empreendedores a fazerem um fluxo de caixa.

Renata avalia o turismo de experiência como uma prática que tem a vantagem de levar mais competitividade e sustentabilidade aos empreendimentos, pois possibilita uma vivência única. “Ele agrega valor, pois passa a monetizar uma atividade que muitos donos de empreendimentos já faziam gratuitamente. Com essa modalidade, pode-se organizar melhor as apresentações e incursões pelas experiências, envolver pessoas que buscam o lazer, o conhecimento técnico ou o pedagógico.