Feira livre da Agricultura Familiar: mais de três mil circulam mensalmente pela Feira
A Feira saiu de uma média de mil pessoas circulando por ela mensamente para mais de 3.000. Esses são os cálculos do presidente da Feira Livre, Romário Fulgêncio, que reconhece que o crescimento do movimento foi gradativo e que, de meados de 2022 para cá, praticamente triplicou o número de frequentadores.
“Contamos com 40 jogos de mesas com cadeiras, que ficam todos ocupados, e com uma grande circulação de usuários. Levanta um grupo, senta outro”, diz sobre os momentos mais movimentados. Ele faz os cálculos baseado no número de assentos e de portadores dos tiketes alimentação, que são mais de mil pessoas, que vão lá fazer suas comprar mais de uma vez por mês.
Ele vê esse aumento de público em razão da melhoria na estrutura, no aumento de ofertas de produtos e na criação do espaço de alimentação, com música ao vivo na sexta-feira do segundo e do último final de semana do mês. “Várias dessas melhorias são resultado do projeto desenvolvido por Tiago e pela ex-presidente Mariana Bissoli. Iago Falqueto passou pela presidência, reforçando as iniciativas e eu cheguei disposto a ampliar as melhorias, fazendo da Feira um lugar cada vez mais confortável e atraente”.
Para Fulgêncio, seu principal objetivo no período que ficará à frente da Feira, é atrair mais pessoas para as compras em dinheiro (pix ou cartão), incorporar outras instituições particulares, filantrópicas e públicas ao sistema de tiket para os funcionários e, ainda, buscar uma forma de os cartões alimentação permitirem o consumo na Feira.
Romário, que passou a ser feirante em 2020, vendendo pães, bolos, biscoitos, saladas prontas e temperos especiais, que ele e a mãe preparam, logo se tornou ativo e próximo das lideranças. Ele assumiu a presidência no dia 16 de junho de 2023. De lá para cá, ele se empenhou em promover a divulgação, aumentar a variedade e a diversidade de produtos oferecidos e investir na Feira como lugar para acolher as famílias e os turistas que, por ventura, estiverem na região.
Ele anuncia que em breve, o Sicoob Sul-Serrano vai doar mais 30 jogos de mesas e cadeiras. A Cooperativa de Crédito já entregou 25 e sempre está presente nas ações, como a que entregou rosas na semana do Dia Internacional das Mulheres para todas que chegaram na Feira.
“Quero fazer outro projeto junto ao Governo do Estado. No primeiro foram adquiridos sistema de som, pedestal, câmera digital e jogos de mesas, além de outros benefícios. Fez parte do projeto de melhorias da Feira a entrada dos cervejeiros. Hoje são cinco marcas de artesanais e os proprietários confessam que preferem cumprir a agenda na Feira ao invés de ir para outros eventos”, diz ao concluir que a oferta das bebidas artesanais e o aumento de alimentos preparados na hora fizeram da Feira um lugar de 'happy hour' nos finais de tarde de sexta feira. Muitos saem direto do trabalho para o Centro de Eventos.
A implantação da área kids e, mais recente, os carrinhos elétricos por controle remoto, estão entre as opções de entretenimento para as crianças. Esses e outros benefícios foram facilitados pela mudança para o Centro de Eventos, local de propriedade do município que oferece espaço para estacionamento, banheiros e galpões cobertos.
Faz parte do projeto de melhoria, num futuro próximo, a organização dos setores de verdura e de panificação. Fulgêncio vai propor aos produtores e aos feirantes que vendem alimentos artesanais um sistema de rodízio de promoções. “Toda semana teríamos alguns produtos em ofertas, devidamente divulgados nas redes sociais. O objetivo é dar acessibilidade para as pessoas com menos condições financeiras e ainda atrair mais consumidores. Nós já praticamos valores menores do que nos comércios convencionais”.
Na avaliação de Fulgêncio, atualmente a Feira dá vasão a pelo menos 60% das variedades de produtos do agroturismo e da agroindústria. “A família de Euvécio vende linguiça e socol, os Brioschi, queijo iogurte e lobinho defumado, e os Bellon, queijo, ricota e iogurte”, exemplificou.