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RuralturES 2024 – Réplica da venda que está na origem do município

RuralturES 2024 – Réplica da venda que está na origem do município

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Com uma fachada original e muito atraente, o espaço organizado pela Prefeitura de Venda Nova atraiu muitos visitantes. O estande foi uma réplica da venda que deu origem ao nome do município, Venda Nova, com paredes externas brancas com portas azuis.

O seu interior era mais interessante ainda ao remontar uma venda com vários elementos usados antigamente, como balança, prensador antigo de torresmo, além de utensílios, como máquina de costura. Muitas pessoas pararam para tirar fotos na fachada e dentro da venda, onde estavam expostos produtos, com a presença de produtores, que representaram a Feira da Agricultura Familiar de Venda Nova.

Três feirantes da Feira da Agricultura Familiar de Venda Nova expuseram seus produtos e dois trabalharam no espaço. “Foi uma oportunidade de divulgar para mais pessoas os nossos produtos. Fomos convidados para participar da Feira da Agricultura Familiar de Afonso Cláudio e também recebemos convites de Cachoeiro”, conta Ana Maria Fulgêncio Silva.  

Ana Maria, da comunidade rural de Vargem Grande, levou para a RuralturES parte dos seus produtos (Empórium): o pó de café, pão húngaro, biscoito de polvilho (receita da sua mãe, que lembra os tempos passados de seus avós), cavaco frito e doce de mamão. “Tudo que levei saiu, incluindo o café em pó”.

Ela conta que a réplica da venda chamou muita atenção. “Recebemos pessoas de várias partes. Os nossos produtos também relembram o passado, representando bem os produtos de uma venda antiga. Acredito que isso também foi um diferencial, uma novidade para a RuralturES. A decoração do espaço chamou muito a atenção, como os fumos de rolo, que todos comentavam. Isso a gente não encontra mais, como o balanço, o prensador de torresmo, as balanças antigas... Expusemos vários embutidos de outro produtor. As linguiças ficaram penduradas e também foram vendidas”. 

Já o casal Áurea Berúdio e Cláudio Testoni, que mora e produz no bairro Tapera, em Venda Nova, levou biscoitos, massas (macarrão, capeleti, ravióli e pizzas) e bolos. “Trabalhamos com festas de casamento e aniversário e temos um cardápio bem variado”, explicou.

O casal contou que o espaço foi muito visitado. “As pessoas ficavam muito curiosas e admiradas com as peças antigas que enfeitavam a loja e também serviam de suporte para gente. Levei uma máquina de macarrão que tem mais de 60 anos e era da minha sogra. Acredito que a balança tem mais de 40 anos, mas ainda estava em pleno funcionamento. “Pesávamos o feijão para vender, assim como a linguiça. Eu acho que algumas pessoas compravam o feijão e a linguiça só para ver a gente pesar nessa balança antiga”. 

Ela conta que os produtos que mais fizeram sucesso foram os biscoitos de nata e o macarrão. “As massas secas são italianas, feitas pelo meu marido Cláudio, que é italiano”, disse. Além de vender os itens expostos, o casal fez contatos e já recebeu encomendas de consumidores diretos e pessoas interessadas em revender seus diferentes produtos.

 

Valdeir fala da importância da RuralturES

Para Valdeir Nunes, presidente do Montanhas Capixabas Convention Bu-reau, a 4ª RuralturES teve uma importância diferente das anteriores, pelos aspectos e local diferentes. “Lá não existia nada em termos de equipamentos turísticos e, a partir de agora, vamos desenvolver um projeto turístico abrangente em termos territoriais de diversidade de atrativos”.

Nunes avalia que a 4ª RuralturES surpreendeu a todos de forma positiva. “Considero que a nossa matéria-prima é gente. E tivemos uma presença maciça do público. Foi uma resposta excelente aos esforços que o Sebrae/ES, Governo do Estado, Prefeitura e Convention fizeram para criar esta nova realidade chamada Distrito Turístico de Pindobas”.

Ele ressalta que outro aspecto positivo é que já está como legado: a Casa Nostra, que já funciona de terça a domingo, sendo com a experiência completa com a visita aos nonnos e nonnas na cozinha nos finais de semana. “Acredito que no futuro a cozinha vá funcionar todos os dias”.

A expectativa, segundo ele, é que daqui a dois anos o Museu do Imigrante - MIM esteja funcionando. “Já estamos trabalhando. O projeto será entregue nos próximos 60 a 90 dias e o curador Ronaldo Barbosa vai trabalhar com exclusividade para concretização desse projeto. Ele disse que esperava o sinal verde há 12 anos para fazer esse Museu. Para Ronaldo foi algo emocionante e estamos com ele, pois será algo extraordinário, que completará o que está faltando no Distrito. Teremos um museu, a Casa Nostra, a loja, o restaurante e, além dos empreendimentos existentes na região, os outros equipamentos que vão funcionar lá, na sede do Distrito. É um sucesso que vai continuar”.

Valdeir reitera que o Convention está junto com o Sebrae/ES, que é a grande força motriz a se empenhar, junto com o Governo e a Prefeitura.  “O Convention vai gerir a Casa Nostra até ela andar por conta própria. No futuro vai ser um condomínio administrado pelos empreendedores lá instalados. Estamos juntos para fazer a coisa andar até os empresários se instalarem, se fortalecerem e ficarem à frente da gestão do espaço”.

 

 

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