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RuralturES 2024 – Oportunidades: de investimento para o turismo na região de Pindobas

RuralturES 2024 – Oportunidades: de investimento para o turismo na região de Pindobas

Durante a RuralturES o Sebrae proporcionou ao público a oportunidade de conhecer as potencialidades de negócios no Distrito Turístico, que está sendo implantado, para incrementar o turismo de experiência para os visitantes

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 4ª RuralturES foi marcada pela apresentação do Complexo Turístico de Pindobas, cuja primeira entrega foi a Casa Nostra. Devido ao potencial de negócios que podem ser instalados nos limites do complexo turístico, o Sebrae/ES, em parceria com a Prefeitura de Venda Nova e com o Montanhas Convention, trabalha para dar visibilidade às experiências turísticas e atrair novos empreendimentos para o local.

Durante o evento, na sala Casa Nostra, logo na entrada da RuralturES, o Sebrae/ES disponibilizou todas as informações de possibilidades de negócios, com projeções de investimentos e presumíveis tempo de retorno, bem como estimativa de custos e de faturamento. Também foi promovida uma visitação a 'bordo' de um ônibus modelo jardineira para apresentar aos potenciais empreendedores os cinco negócios já identificados pelo Sebrae/ES.

Antes do evento, no dia 29 de agosto, o Sebrae/ES promoveu um encontro com potenciais investidores, em Pindobas, para apresentar as oportunidades de negócio identificadas. “A implantação do Distrito Turístico de Pindobas se destaca como um marco inovador na busca por um novo modelo de desenvolvimento turístico na região. Espera-se um aumento no fluxo de turistas, o que contribuirá para o crescimento da economia local, a criação de novas oportunidades de negócios e a valorização dos produtos e serviços regionais”, ressalta a gestora estadual do Polo Sebrae de Turismo de Experiência, Renata Vescovi.

O Sebrae/ES e as entidades parceiras identificaram ao menos cinco oportunidades de negócios na região. A primeira envolve a exploração da Vila Tropeira, utilizando o patrimônio existente no distrito, como marcos históricos, casarões e igrejas para contar a história dos tropeiros e dos imigrantes que foram os primeiros a habitar a região. Os tropeiros, montados em mulas, transportavam mercadorias e animais de um local para o outro, e paravam nas vilas para descansar ou se envolver em atividades comerciais.

Outra oportunidade envolve a exploração de atividades turísticas em torno do Lago Negro, onde as pessoas podem ter contato com a natureza, apro-veitando a paisagem, favorecendo a prática de atividades como caminhadas, esportes de aventura, passeios de quadrículos e bicicleta. Há ainda o Lago Pindobas, que oferece belas paisagens e possibilita a prática de atividades ao ar livre.

“Na gastronomia, há também oportunidade para a implantação de um restaurante de experiência gastronômica, transformando o momento da refeição num evento imersivo, seja degustando receitas e sabores trazidos pelos imigrantes que chegaram na região, seja colocando os turistas em contato com produtos locais”, salienta Renata.

Novos empreendimentos devem ser estimulados para aumentar essa oferta, pois novas experiências irão promover um distrito ativo e dinâmico, gerando atratividade adequada para um fluxo qualificado de visitantes. É importante lembrar que Pindobas já tem uma variedade de negócios instalados que podem ser visitados de forma gratuita.

 

Encontro de IG visa fortalecer identidades regionais 

Paralela à 4ª RuralturES, aconteceu um evento nacional: o Encontro de Indicação Geográfica- IG entre os dias 4 e 6 de setembro, no auditório do Ifes Campus Venda Nova. O evento foi organizado com apoio da incubadora do campus. A data foi organizada paralelamente à Feira em parceria com o Sebrae/ES e Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB).

Considerado imperdível para os interessados em IGs, o encontro reuniu 191 participantes credenciados, envolvendo servidores, estudantes, representantes de cooperativas e associações, além de coordenadores do Edital Setec/MEC nº 03/2022 de Desenvolvimento de IG. Fizeram parte da programação workshops, visitas técnicas, painéis temáticos e muito networking, além da conferência dos resultados dos trabalhos dos coordenadores envolvidos, destacando os sucessos e desafios enfrentados na execução dos projetos de IG.

A abertura oficial do evento destacou a relevância das IGs na preservação de tradições locais, diferenciação de produtos e serviços e no desenvolvimento regional. A identificação geográfica identifica a origem e as qualidades de um produto ou serviço relacionadas a uma região específica, promovendo o crescimento econômico e social, e gerando benefícios para produtores, prestadores de serviço e consumidores.

No quadro de palestras, o professor e doutor Jean-Louis Le Guerroué, da Universidade de Brasília-UnB, falou sobre "A Importância das Indicações Geográficas para o Desenvolvimento Territorial". Le Guerroué discutiu o papel estratégico das IGs no desenvolvimento territorial, enfatizando seus impactos sociais e ambientais. Ele ressaltou que as IGs são ferramentas para valorizar saberes tradicionais e características únicas de um território, e abordou os desafios da implementação no Brasil, como a falta de políticas públicas e a informalidade dos produtores.

Além da Mesa-Redonda "Inovação com Polos Embrapii", com os palestrantes Sérgio Vicente de Azevedo (Polo de Inovação IFSP) e Hamilton Charlo (Polo de Inovação IFTM), a programação reservou espaço para "A História do Queijo da Serra da Canastra", “Planejamento para o Mel de Melato de Bracatinga” e apresentação de projetos em desenvolvimento.

Como conclusão, a organização considera que o evento abordou aspectos críticos e oportunidades relacionadas à implementação e gestão das IGs, oferecendo insights valiosos para a continuidade e expansão desses projetos. Foi proporcionada ainda uma experiência da gestão do selo da IG após sua obtenção. A transmissão ao vivo pelo canal do Ifes no YouTube possibilitou uma ampla participação e engajamento com o público interessado.

O evento é financiado e fomentado pela Setec/MEC, gerido pelo IFSP em parceria com o Ifes, e conta ainda com o apoio do Sebrae e do Ministério da Agricultura e Pecuária- Mapa, além da operacionalização financeira da Fundação de Apoio ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo-Facto.

 

Na RuralturES

No espaço da Feira funcionou um estande dedicado à promoção das IGs dos participantes do projeto nacional. “Venda Nova foi escolhida como sede pelo extraordinário trabalho que desenvolve com o agroturismo, sendo referência no modelo, além da realização da RuralturES, que soma a experiência e a proposta de conectar produtores e visitantes para conhecer oportunidades de negócios do turismo e a possibilidade de gerar benchmarking para as Indicações Geográficas”, destaca o coordenador do projeto de apoio às IGs, o professor Huarley Pratte Lemke.

Conforme relata a coordenadora geral de Extensão e da Incubadora do Ifes Venda Nova, Zamora Cristina, o espaço permitiu a valorização e a proteção da identidade cultural e da qualidade dos produtos regionais, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico e o turismo sustentável. “A participação dos representantes das IGs na RuralturES enfatiza a crescente visibilidade e valorização dos produtos que possuem depósito de propriedade industrial no Instituto Nacional da Propriedade Industrial- INPI”.

O Sebrae concedeu um espaço de cinco estandes ao Ifes - Campus Venda Nova para que os produtos das IGs e futuras IGs pudessem expor na Feira. Foram 15 associações com os produtos, tais como: panela de barro, maçã Fugi de São Joaquim, café das Matas de Minas, farinha de mandioca de Itabapoana, bolo de queijo de Panambi, café vulcânico, entre outros.

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