entre vários prêmios, Joselino Menegueti, do Rancho Dantas/ Brejetuba, foi o campeão do Prêmio de Qualidade dos Cafés Arábica das Montanhas do Espírito Santo, anunciado em março de 2013. Em uma escala que vai até 100, naquele ano, as mostras do lote inscrito pontuaram 93,20.

Com sua propriedade encravada entre matas nativas e reflorestadas, ele prossegue com as práticas que mantêm os grãos colhidos com pontuações altas. Em busca de produtividade e de otimizar a mão de obra disponível, Joselino está adotando uma lavoura mais adensada e, o que era antes 3,70 X1,5, agora é 3 X1 ou até 3 X 0,80 metro. O porte da lavoura baixa, na altura do trabalhador, mantida com podas programadas é outra estratégia.

Joselino que integra o grupo de cafeicultores em busca do IG dos Cafés das Montanhas do Espírito Santo, já fez cursos e seminários no Ifes Venda Nova e sempre está entre os produtores modelo de produção quando o assunto é mostrar a lavoura para importadores e pesquisadores.

Com vendas diretas para importadores, como Edevaldo Costa Longa, Joselino é fiel abastecedor da cafeteria mais famosa de São Paulo, o Coffee Lab, de Isabela Raposeiras. “Depois das provas, mostro os resultados e os preços para ela. Só quando ela não cobre, vendo para outros”.

Dono da marca própria, Joselino sempre vem atualizando a embalagem de seus cafés. “A empresa que faz as embalagens propõe melhorias e as decisões também se baseiam nos custos”, diz mostrando a mais recente, feita no ano passado.

Dos cafés que ele e seu filho colhem, cerca de 80% resultam em especiais. A média por safra está entre 70 a 80 sacas e o clima influencia em todos os resultados, que eles tentam manter alto com aperfeiçoamento nos tratos cultuais e no manejo. Seu mais novo experimento são os cafés de colheita tardia: são dez variedades distribuídas dentre 300 plantas, que estão em uma área bem sombreada ao lado de sua casa.