Coopeavi amplia área de atuação e faz parceria com empresas de outros países para exportar cafés da região
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Uma empresa parceira da Austrália e outra dos Estados Unidos estão comprando cafés brasileiros via Pronova, que tem sede em Venda Nova e está integrada à Cooperativa Agropecuária Centro Serrana- Coopeavi. A empresa australiana, Southland Merchands, é fundada por brasileiros e a expectativa é de exportar pelo menos três contêineres só com o café da região.
A informação é de Carlos Altoé, coordenador dos trabalhos no escritório em Venda Nova. De acordo com ele, para os Estados Unidos, a Coopeavi exportou de três a quatro contêineres e a expectativa é de ampliar. O volume só foi possível, graças à soma da produção de especiais pelos cooperados que, sozinhos, não conseguiriam formar um lote para exportar.
A Pronova, que desde 2015 está incorporada à Coopeavi, com sede em Santa Maria de Jetibá, atua na Região Serrana e em outras montanhosas do Espírito Santo de produção de arábica, com mais foco em Venda Nova e municípios vizinhos, dada a localização de sua estrutura física.
Desde a incorporação, a Coopeavi soma 17 mil associados, considerando outras produções agrícolas. A Pronova Coffee Stories se tornou uma marca da Coopeavi nas exportações de café, dada a experiência da cooperativa em cafés especiais, principalmente para exportação. “Demos continuidade aos trabalhos e ampliamos a área de atuação. Começamos a trabalhar com volume, especificamente com café torrados. Utilizamos a marca da Pronova, mas em alguns casos a da Coopeavi”, afirma Carlos Altoé.
Nova geração
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A expectativa dos melhores preços praticados com a exportação pode estar entre os motivos do rejuvenescimento do cafeicultor. “Cada vez mais percebemos a permanência no campo (ou o retorno) dos filhos de produtores. Vejo o envolvimento dessa nova geração e acredito que seja essa nova perspectiva gerada pelo valor agregado aos grãos”, diz o rapaz que tem 30 anos, sendo sete trabalhando na Coopeavi.
Apesar de não ser filho de cafeicultores e morar na Sede de Venda Nova, Carlos Altoé é Q-Grade, uma formação que lhe permite ser provador internacional, e também traz como experiência o envolvimento nas lavouras dos tios e dos avós. Formado no ensino médio na Escola Fioravante Caliman, Carlos buscou especialização em cursos técnicos. “Sou um urbano com os pés na roça. Especificamente na Tapera, nas propriedades dos familiares”.
O vendanovense Carlos Altoé é Q-grader, certificado que o qualifica para comprar café, selecionar perfis de torra e métodos de produção / processamento, entender as origens do café e muito mais. ‘’Ela nos permite comunicar objetivamente sobre qualidade por toda a cadeia produtiva do café’’.