Português (Brasil)

Aplicativo amplia fluxo de vendas da família em Alto Bananeiras

Aplicativo amplia fluxo de vendas da família em Alto Bananeiras

Compartilhe este conteúdo:
Os irmãos Hiago, Thaís e Alonso são responsáveis por setores diferentes da propriedade.
No entanto, todos se ajudam de acordo com a necessidade de cada momento. 
(Foto Wanda Ferrera/Jean Davies)

Pelo menos três vezes por semana Hiago Zambão Falqueto desce de Alto Bananeiras para fazer entregas na Sede de Venda Nova. O sistema 'delivery' começou a funcionar durante o primeiro fechamento da Feira Livre (março de 2020) em função do distanciamento imposto pela pandemia e se ampliou, mesmo com o seu retorno.

Nascido em janeiro de 1995, o jovem filho de produtores rurais saiu de casa para estudar agronomia na Ufes, em Alegre, e decidiu que seu destino era retornar para casa ao perceber que não gostaria de trabalhar em casas agrícolas. Ele e mais dois irmãos dividem as tarefas diárias, sendo que cada um foca mais uma atividade.

No caso de Hiago, ele é responsável pelas vendas e pelas entregas dos produtos oriundos das hortas, dos plantios em maior escala e da agroindústria. Atualmente, o rendimento dos produtos vendidos na Feira Livre e nas entregas representam 40% do faturamento da família. O restante continua vindo do abacate, a principal fonte de renda

Quando Hiago retornou para casa, a família já produzia socol, biscoitos e outros produtos caseiros e os vendia na lojinha em casa e na Feira Livre, da qual também participava. Ele conseguia chegar a tempo nos períodos que não tinha aula nas tardes de sexta-feira e aproveitava as férias para participar mais. A readaptação à rotina familiar foi tranquila.

Com o seu retorno, a distribuição de tarefas ficou melhor e a família pode ampliar mais a produção das hortaliças e dos produtos da agroindústria, principalmente do socol. O pai herdou a receita da iguaria típica de sua mãe Lúcia Caliman, filha de Fioravante Caliman.

Atualmente a produção de socol fica por conta de sua irmã, Thaís, que está ampliando a loja e planeja servir café e vender vinho no espaço. Um varandão enorme e de madeira tem uma vista privilegiada, pois a propriedade fica a 940 metros de altitude e é cercada por remanescente da mata atlântica, plantios de abacate e de café, e de paredões de pedra.

Hiago, a mãe e um funcionário ficam responsáveis diretamente pela horta, que é mantida sem o uso de agrotóxico. O pai também ajuda de vez em quando, dependendo da demanda. “Usamos adubo e esterco natural e irrigamos com uma água limpa, o que garante verduras saudáveis e limpas”, diz sobre as hortaliças colhidas três vezes por semana. Já o irmão Alonso fica mais voltado para a produção de abacate, milho, pelas frutas cítricas e por um pouco de café.

Aplicativo

 

Na primeira semana em que a Feira Livre não funcionou, Hiago recebeu vários pedidos pelo WhatsApp. Em poucas semanas a quantidade de pedidos foi multiplicada por quatro. Foi uma enorme correria para rearranjar a rotina de trabalho para cumprir as entregas.

Mesmo com o retorno da Feira, os pedidos continuaram a crescer e todos eram feitos por WhatsApp. “Eu escrevia uma lista de transmissão e enviava todos os domingos com o prazo de fechar os pedidos na segunda-feira.      Quando eu fechava os pedidos fazia a soma de cada item para colher somente o necessário”, disse sobre o trabalho que tomava muito tempo.

Hiago percebeu que era preciso buscar uma plataforma para criar um aplicativo que atendesse suas necessidades e ele achou o modelo na CreApp. Ele passou a mandar o link pelo Whats para seus clientes acessarem e fazer o pedido.

Com o aplicativo, todos os produtos são apresentados com fotos e valores. Ao final do pedido, o cliente sabe o valor total a ser pago. Além dessa informação, quando a janela de pedidos se fecha, Hiago sabe exatamente quantas unidades de cada produto precisa colher ou pegar no depósito para fazer as cestas. “Não preciso mais fazer anotações manuais e a soma, pois tudo vem com o fechamento dos pedidos. O cliente também consegue visualizar os produtos com as fotos que publicamos”, explicou.

Além dessa facilidade, ao final do mês, Hiago sabe quais produtos têm mais saída, as preferências do cliente, dentre outras informações que lhe orientam sobre a necessidade de ampliar ou reduzir alguma produção.

Na horta, Hiago, o irmão Alonso e os pais Rita
de Cássia e Alvécio.

Hiago continua mandando a lista de transmissão por Whats, pois ajuda o cliente a lembrar dos dias e dos prazos para fazer seus pedidos. O recado vai com o link do aplicativo, o que facilita o acesso e, para ajudar, ele publica um tutorial no Youtube ensinando como baixar o aplicativo e fazer os pedidos.

As formas de pagamento são facilitadas (pix ou transferência e vale, para os funcionários da Municipalidade) e o cliente só paga depois que recebe e confere as mercadorias. Essa forma de compra e pagamento vem para facilitar a vida de quem não tem tempo de ir até a Feira Livre, que foi criada em 2009 pela Municipalidade junto com os vales concedidos aos funcionários. “O vale é muito importante para a continuidade da Feira. No entanto, estamos trabalhando para conquistar outros clientes e não depender de uma única forma de venda”.

Compartilhe este conteúdo: