A tecnologia chega pelas mãos dos jovens
O uso de aplicativos e uma nova forma de interação entre a diretoria e os cooperados foram aceleradas pela pandemia
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Diego, 36 anos, já trabalhou com o pai (o bombeiro hidráulico, Aguinaldo Frigulha) e
numa empresa de seguros em Vitória. Depois que retornou e passou a estudar
administração, deixou um emprego em um escritório para se tornar um estagiário
no Sicoob. “Eu entrei porque acreditava e tinha que arriscar”.
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Quando há 11 anos foi admitido pelo Sicoob Sul-Serrano como estagiário, Diego Sary Eldin Fregulha, 36 anos, não imaginava os desafios e nem onde sua curiosidade o levaria. Ele começou a trabalhar na Unidade Administrativa, foi para a Agência de Vila Betânea já contratado e depois retornou, onde permanece. Dali, ele atua dando suporte para as agências, quando o assunto é manutenção das máquinas e suporte para compra de equipamentos de informática. Na época das assembleias, ele fica por conta.
Como ele sempre gostou de tecnologia, logo se identificou com o trabalho na área de telefonia, que foi evoluindo e ampliando. “Eu era curioso e eu mesmo formatava os computadores”. Já conhecido entre os colegas pelas suas habilidades, ele foi para o olho do furacão com as exigências de adoção de novas tecnologias com o início da pandemia.
“Já conhecia algumas plataformas pelos nomes, mas com a necessidade urgente de adotá-las, tive que aprender a dominá-las de uma hora para outra”. E foi essa facilidade de lidar com as tecnologias que o levou de volta para a Unidade, pois a necessidade de distanciamento social começou quando o ciclo de assembleias estava no meio. “Na urgência, tivemos que achar alternativa”.
Diego conhecia o Youtube e Zoom, mas nunca tinha mexido com as plataformas. Para decifrá-las, abriu uma sala e buscou no Google e com o apoio do Setor de Tecnologia do Sicoob Central ES, de Vitória, conseguiu colocar em funcionamento uma sala para a primeira pré-assembleia dentro da pandemia. “Conseguimos atender quase 1.000 associados ao fazer todas as pré-assembleias que faltavam. Foi o mesmo modelo para todas elas. Utilizamos o Zoom, que gerava relatórios no Excel, processava os dados e contabilizava as presenças”. Para que tudo desse certo, as agências do Sicoob se empenharam em ensinar os associados a baixar o aplicativo MOOB, do Sistema Sicoob e entrar na sala das reuniões online.
Nesse período, o aplicativo MOOB, foi sendo aperfeiçoado pelo Centro Corporativo Sicoob, para atender todas as exigências para a realização da Assembleia Geral Ordinária – AGO de 2020. “Saímos do zero para compreender essa ferramenta nova e, mesmo depois da AGO continuamos estudando e fazendo experimentos para usar o aplicativo em toda sua potencialidade em todas as assembleias de 2021, bem como em palestras”.
“Ousamos em testar os limites, explorando ao máximo a capacidade do MOOB, sempre alinhando com os funcionários do Centro Corporativo Sicoob- CCS. Fazíamos eventos testes, às vezes com os próprios funcionários, criando reuniões e aperfeiçoando o modelo, para que tudo desse certo nos eventos oficiais”.
À medida que os testes iam dando certo, os resultados eram passados para o Centro Corporativo Sicoob - CCS, e em conjunto com a equipe do Sicoob Central ES, o APP ia sendo ajustado. “Nossas experiências ajudaram a abrir opções dentro do aplicativo, deixando-o com uma navegação mais fácil para o nosso associado. Um dos exemplos era o número de participantes nas salas de reuniões, que foi ampliado com essas experiências”, explica Diego.
Para Diego, as circunstâncias impostas pela pandemia fizeram o avanço do uso de tecnologias acelerar pelo menos uns cinco anos, principalmente com o desenvolvimento do APP MOOB. “No primeiro momento, experimentamos a insegurança natural de desenvolver toda reunião dentro de um estúdio. Logo os resultados foram percebidos, assim como registrados nos relatórios de produção. E a adesão dos associados foi crescente, registrando um aumento dez vezes maior na última assembleia em relação a primeira”.
Para Diego, toda essa evolução forçada pelas circunstâncias da pandemia tem sido bem-sucedida, também devido à dedicação da equipe local, que busca meios de resolver os desafios. “O presidente Cleto Venturim é muito questionador e a equipe, sempre atenta às demandas, busca alternativas. Assim, vai se criando caminhos, dentro do possível”.
Como já foi dito, na época das assembleias, Diego fica por conta do suporte técnico, juntamente com a equipe do Eduarte Moreira, que monta o estúdio e auxilia nas transmissões ao vivo. Nos eventos deste ano, teve grande dedicação, desde a preparação diária para o evento até o seu final. “E eu gosto muito”, diz o rapaz que também ficou por conta da criação do estúdio de transmissão.