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A geriatria chega a Venda Nova e região

A geriatria chega a Venda Nova e região

Com atendimento domiciliar durante a pandemia, Eliza Bergamim Uliana, médica especialista em geriatria, retorna à sua terra natal para atuar profissionalmente. A geriatra dá dicas para manter a saúde dos idosos.

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Covid - em tempo de distanciamento social, a importância da aproximação afetiva

Quando 11% da população brasileira - de idosos - estão impedidos de sair às ruas, ir a praças e mercados, encontrar os amigos e familiares, as pessoas se deparam com o desafio de driblar ímpetos e convencer os mais velhos a se preservarem para dias melhores.

Existe uma série de orientações sobre o que podemos fazer para amenizar impactos do confinamento nos idosos. Aqueles com mais de 70 anos precisam de atenção e de   cuidados redobrados. Por terem muitas vezes a saúde mais frágil, são eles os que mais sofrem as consequências da covid-19 em caso de contaminação.

A geriatra Eliza Bergamim Uliana chama atenção para doenças que podem ocorrer junto com o covid. “As pessoas não deixam de infartar, de ter derrame e infecções por conta da pandemia, além disso estamos vendo idosos com perda de massa muscular devido a inatividade física durante esse período”, adverte.

Eliza explica que a geriatria trabalha constantemente para que o idoso seja incluído na sociedade, mas, diante da pandemia, as recomendações, por ora, são o isolamento social, lamenta. “Mas o distanciamento afetivo não deve existir. Aquela ligação de assistência, para perguntar se está tudo bem, dizer “eu estou aqui”, deve ser mantida por familiares e amigos.

Outra dica importante é a manutenção de uma rotina diária básica para assegurar os níveis de imunidade e equilíbrio emocional.  Neste período não se esqueça da importância da atividade física, mesmo dentro de casa podemos realizar alongamentos e atividades aeróbicas. Manter-se ativo é muito importante para evitar perda da massa muscular. Garantir também a exposição ao sol traz muitos benefícios, auxilia na saúde dos ossos e melhora o sono. 

 

Quando devo procurar um geriatra?

Essa é uma pergunta muito frequente. O geriatra costuma atender pessoas acima de 60 anos, mas não é necessário esperar chegar nessa idade para iniciar o acompanhamento. O ideal é cuidar da prevenção a partir dos 40 anos. “Cada vez mais os pacientes têm me procurado com antecedência para garantir um envelhecimento ativo e com saúde”.

 

 

Prevenção: uma das chaves do envelhecimento saudável

Prevenção é um dos focos da geriatria. Engloba várias medidas, entre elas a vacinação, promoção da saúde com atividade física e nutrição saudável, orientação de medidas para preservar uma boa memória, prevenção de quedas e da perda de massa muscular

A vacinação é parte importante. “Grande parte dos idosos que atendo estão com a carteira de vacina desatualizada”. O calendário vacinal do idoso inclui as vacinas para prevenção de gripe, pneumonia, tétano, hepatites e herpes zóster, além de outras para casos específicos. A maioria é disponível no SUS.

Outro ponto fundamental é a prevenção da perda de massa muscular, que chamamos de sarcopenia. “No dia a dia do consultório, o trabalho de conscientização sobre atividade física é contínuo, mesmo para quem nunca realizou exercícios, nunca é tarde para começar”. Massa muscular está associada a melhor qualidade de vida, principalmente após os 60 anos. Mesmo poucos minutos de atividade física por dia já traz benefícios para saúde.

Merecem destaque também as medidas de prevenção de queda. Ao contrário do que muita gente acredita, a queda é mais comum no ambiente doméstico, sendo as condições deste ambiente muitas vezes facilitadora do incidente. Fratura de fêmur é uma das complicações mais comuns e com grandes impactos na saúde do idoso. Além de ajustes nos fatores ambientais (tapetes, disposição dos móveis, instalação de barras de apoio), a escolha do sapato ideal também faz diferença. Muitos remédios podem aumentar as chances de queda no idoso e também precisam de avaliação cuidadosa.

Uma pergunta frequente são as medidas para preservar uma boa memória. Uma questão muito relevante, e temos novidades sobre prevenção. A revista The Lancet, em julho, publicou um estudo onde lista 12 fatores de risco que ao longo da vida influenciam no surgimento de demências. Entre os fatores potencialmente modificáveis temos: baixo nível educacional, perda auditiva, trauma craniano, hipertensão, consumo excessivo de álcool, obesidade, tabagismo, depressão, isolamento social, inatividade física, exposição a poluição do ar e o diabetes. Se evitados, esses fatores de risco podem atrasar ou prevenir até 40% dos casos de demência.

Deve-se ressaltar, ainda, que um tema cada vez mais discutido no âmbito da prevenção é a importância da interação social, com inúmeros benefícios ao idoso, melhora da saúde psicológica, evitando depressão e sentimentos de abandono. Mais do que nunca, em tempos de isolamento, todos sentimos a importância do convívio social.

 

O que faz o médico geriatra?

Médico com formação para atender as questões especiais da saúde dos idosos e os múltiplos aspectos que ocorrem com o envelhecimento. Trabalha a prevenção e o controle de doenças crônicas, para garantir melhor qualidade de vida.

Por meio da avaliação geriátrica ampla realiza uma abordagem multidimensional que considera não apenas as doenças do paciente, mas o indivíduo como um todo, englobando também avaliação da funcionalidade, dos aspectos nutricionais e psicológicos.

 

 

 

Dra. Eliza Bergamim Uliana

Geriatra – CRM 13191   RQE: 11568

Residência Médica em Geriatria pelo Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo.

- Atendimento domiciliar em Venda Nova e Pedra Azul.

- Atendimento no Ser Coletivo em Pedra Azul.

Agendamento telefone: 27 99720-3568

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