Uma parada na propriedade de Dudu TOZI
A empresa Áurea Cafés também beneficia os grãos oriundos da produção de terceiros
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A propriedade de Eduardo Vettorazzi Tozi (conhecido por Dudu Tozi), no Caxixe Quente, em Castelo, também optou por criar a marca própria para comercializar de forma mais justa o seu café. Fazer os cursos de prova e de torra fizeram parte de sua estratégia para promover com sucesso a transição entre ser unicamente produtor e ser dono de uma marca, com embalagens de diferentes perfis de cafés.
A produção do sítio da família, que até 1998 era predominantemente de vaca leiteira, com produção de queijos e derivados, passou a cultivar cafés. O momento dos especiais começou em 2001, com Eduardo assumindo essa parte dos trabalhos na propriedade. Em 2014, Eduardo foi para São Paulo fazer um curso de prova e de torra, sendo que no final daquele ano deu início ao processamento dos cafés, lançando a empresa Áurea Cafés, com as linhas de cafés Monte Castelo e Spirito.
As marcas estão à venda nos supermercados e cafeterias de Venda Nova, Castelo e Vitória. Há ainda a entrega para alguns consumidores finais. O volume médio da produção por safra da propriedade varia de 800 a 900 sacas, sendo mais ou menos 600 de especiais. Com uma estrutura de beneficiamento e armazenamento razoáveis, a empresa beneficia também grãos oriundos das produções de terceiros.
Toda excelência desenvolvida faz da Áurea Cafés um dos pontos de parada no Vale do Caxixe para quem é do ramo. A propriedade está na família desde 1881, quando seu bisavô, Alessandro Secondo Tosi, a adquiriu dos Agostinianos. “Dentre os imigrantes italianos pioneiros, meu bisavô tinha 12 anos quando chegou em Jaciguá. Quando se casou, comprou a propriedade, que era pura mata. Ele deixava a mula na Fazenda do Centro e vinha a pé trabalhar e ranchava debaixo de uma pedra nas ocasiões que precisava pernoitar”.