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Uma arquiteta que busca ser uma profissional completa

Uma arquiteta que busca ser uma profissional completa

Data de Publicação: 24 de fevereiro de 2017 08:51:00 De estudante apaixonada por história e por matemática, Thássia encontrou na arquitetura a profissão para a sua vida

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‘’Ser arquiteto é fazer de simples traços a projeção de sonhos’’  Thássia Garbelotto

Thássia assina vários projetos em Venda Nova, Conceição, Pedra Azul
e está com a agenda aberta para atender clientes de toda região.

Morar numa cidade pequena e viver da arquitetura. Esse é o desafio que Thássia Garbelotto vem tirando de letra em Venda Nova, cidade onde passou sua infância, cresceu e só saiu para se graduar na profissão que escolheu. Casada e sem filhos, ela concilia a rotina de trabalhar na Prefeitura no turno da tarde e atender os clientes pela manhã ou no final da tarde.

Formada em arquitetura e urbanismo pela Multivix, em Vitória, ela escolheu esta profissão quando ainda existiam poucas referências destes profissionais em Venda Nova. “Gostava tanto de história, quanto de cálculo e como tive que optar pelo meu curso ainda muito jovem, achei que esta profissão conciliaria bem estas habilidades.”

Assim que se formou, em 2009, Thássia logo voltou a morar na casa paterna. Ela se perguntava se no interior haveria empreendimentos imobiliários necessários para dar trabalho para todos os arquitetos da cidade já formados, incluindo ela com pouca experiência, e venceu a resistência em construir sua carreira na região. O gelo foi quebrado com a proposta para trabalhar na Prefeitura de Conceição do Castelo, que fica há poucos quilômetros de Venda Nova.

A partir de então, Thássia conciliou seu trabalho na Prefeitura de Conceição com o atendimento aos clientes particulares. “Nunca me arrependi de ter retornado, pois a cultura está mudando muito e as pessoas estão procurando o profissional quando pensa em construir. E mesmo tendo várias proposta para voltar e trabalhar na capital, resolvi ficar”, diz.

Atualmente Thássia divide sua rotina em atender seus clientes e atuar na Prefeitura de Venda Nova, onde trabalha desde 2013. “São experiências diferentes, mas que se completam. Aprendi muito trabalhando no serviço público, onde ganhei uma visão geral de uma obra, da estrutura ao acabamento. Para aprovar o orçamento de um obra pública é preciso ter todos os projetos complementares, assim como ter cada etapa ordenada, com a respectiva definição quantitativa dos materiais e da mão-de-obra a serem empregados. É outro exercício da profissão, onde as exigências legais e burocráticas são maiores.”

Se no serviço público, Thássia ganhou prática na leitura de projetos complementares, é nos projetos residenciais onde ela mais se realiza. “Nos projetos particulares posso colocar toda minha criatividade em prática. Faço do projeto arquitetônico ao de interiores, incluindo gerenciamento da obra, cuidando de toda concepção do projeto.”

Thássia fez pós em gerenciamento de projetos e está se organizando para terminar a faculdade de engenharia civil, e assim agregar mais conhecimento ao seu trabalho, tendo cada vez mais suporte para conversar com os construtores e clientes. Desta forma, ela busca a cada dia ser uma profissional mais completa.

Para transitar bem por este universo ainda predominantemente masculino, Thássia tem entre as suas táticas estabelecer um bom diálogo com o mestre de obra e com os outros profissionais do meio. “Ainda há estranhamento com a presença feminina na obra. Temos que zelar pelo bom entendimento e construir um bom relacionamento para assim a obra fluir. Sempre consegui administrar bem isso, pois a mulher ainda é um elemento estranho na obra, mas observo que cada dia mais elas estão indo para a parte prática da construção, numa demonstração que essa realidade vai mudar.”

Ao se definir como uma profissional que não se prende a um estilo, Thássia diz que o seu exercício é sempre ler o desejo de seus clientes. Através de conversas, ela vai interpretando os sonhos e os alinhando com as possibilidades técnicas. Para ela, a arquitetura é uma forma de arte, que se concretiza apoiada nos cálculos matemáticos. “Vamos tentando aplicar nossos conhecimentos, pincelando as inúmeras possibilidades de estilo e conciliando-as com a necessidade e a personalidade de cada cliente.”

Quando Thássia faz um projeto, ela pensa na praticidade, no tempo de execução da obra e em todas as decisões que precisa tomar ao longo da construção. Tudo é pensado para poder tornar realidade o sonho de seu cliente, cortando todos os atalhos possíveis, sendo o mais rápida e eficiente, pois afinal de contas a obra não pode parar. “Para atender melhor, ela mantém seu escritório na parte central da cidade e se reúne com os clientes pela manhã, no final da tarde e até à noite, dependendo da disponibilidade deles. Em alguns casos, até no final de semana.”

E é assim, trabalhando em obras públicas pela Prefeitura e atendendo seus clientes particulares, Thássia constrói sua experiência e seu portfólio de obras de interesse coletivo e também de sonhos individuais. “Gosto do que faço e de estar neste momento construindo minha realização profissional no interior, na minha cidade e na minha região.”

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