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Superintendente do Sistema OCB/ES explica sucesso econômico e relevância social do cooperativismo capixaba

Superintendente do Sistema OCB/ES explica sucesso econômico e relevância social do cooperativismo capixaba

“Cuidar bem das pessoas não é gasto para nós, é um investimento estratégico”, afirma liderança

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O cooperativismo é um modelo de negócio que tem crescido no Espírito Santo. De acordo com o Anuário do Cooperativismo Capixaba 2021, a participação do modelo de negócio no PIB nominal do estado é de 4,7%. Juntas, as cooperativas capixabas movimentaram R$ 6,6 bilhões em 2020.

A preocupação com a melhoria dos resultados anda lado a lado com o desejo de fazer valer os princípios e valores humanos do movimento cooperativista. Para entender melhor como o modelo societário equilibra interesses econômicos e sociais, entrevistamos Carlos André Santos de Oliveira, superintendente do Sistema OCB/ES - organização que representa e assessora as cooperativas do Espírito Santo.

 

Folha Nova: Por que as cooperativas se preocupam tanto em conciliar ambições econômicas e sociais?

Carlos André: Todo negócio que pretende ter sucesso precisa entender as demandas atuais do mercado e prever tendências. Porém, esse olhar apurado não gera resultados se o empreendimento não tiver uma estratégia de mercado bem desenhada e alinhada com valores éticos sólidos. O cooperativismo é um modelo de negócio que entende a importância de conciliar as duas coisas (o econômico e o social). Além de oferecer produtos e serviços de qualidade, nos preocupamos em cumprir os sete princípios universais do cooperativismo, que beneficiam pilares como democracia, independência, educação, intercooperação e zelo pelas pessoas.

 

Folha Nova: Como isso funciona na prática?

Carlos André: As cooperativas, assim como o próprio Sistema OCB/ES, têm uma série de processos internos que beneficiam tanto interesses econômicas quanto sociais. Não raro, as duas coisas se complementam em projetos e inciativas desenvolvidos pelas nossas cooperativas. Ao mesmo tempo em que recursos são destinados para melhorias de estruturas, produção, mão de obra, inovação, logística e publicidade, investe-se em capacitações, eventos, projetos e ações que beneficiam não só o quadro social das cooperativas, mas também a sociedade. O Dia de Cooperar é um exemplo concreto de como as ações das cooperativas beneficiam as comunidades, por meio de inciativas solidárias voluntárias oferecidas de forma gratuita para a população.

 

Folha Nova: Além dos benefícios gerados para a sociedade, essa preocupação com as pessoas também se reverte em resultados econômicos no cooperativismo?

Carlos André: Com certeza. Não é à toa que o cooperativismo capixaba tem uma participação de 4,7% no PIB do Espírito Santo e movimentou mais de R$ 6 bilhões em 2020. Cuidar bem das pessoas não é gasto para nós. É um investimento estratégico, importante para os nossos negócios, para o estado e, por extensão, para toda a sociedade.

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