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Sicoob é parceiro na produção de pesquisa

Sicoob é parceiro na produção de pesquisa

‘’O investimento feito pelo Sicoob no projeto de pesquisa do café, possibilitará uma consolidação universal da ciência desenvolvida neste campo e geração de renda para os produtores do Estado nos próximos anos.’’ Professor Lucas Louzada

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Cleto acredita que a produção de conhecimento é a chave para o fortalecimento das famílias de cafeicultores.

“É indiscutível o que o Sicoob Sul-Serrano, na pessoa de Cleto Venturim, tem feito pelo Ifes. Essa parceria veio em um momento chave para nossa Instituição, reforçando nossos projetos de pesquisa, acreditando na execução de ações entre o setor público e privado. Não tenho dúvidas que nos próximos anos iremos colher frutos que poderão ser mensurados no espaço de uma década, de ações que trarão renda, visibilidade, projeção internacional para a região, para os produtores, para os cientistas e demais parceiros envolvidos”.

A fala acima é de Lucas Louzada, professor do Ifes e coordenador dos projetos tocados pelo Laboratório de Análise e Pesquisa em Café- Lapc, que acredita que o Brasil precisa avançar em parcerias desta natureza, com foco no desenvolvimento regional, no fomento de recursos para a pesquisa aplicada, sem deixar de alimentar a ciência de base, que é um pilar essencial do conhecimento universal. “Se os empresários locais conseguirem vislumbrar possibilidades de cooperação, certamente o capital intelectual existente em nossas instituições públicas trará uma nova realidade para o Brasil. Com foco em ciência para a geração de soluções socioeconômicas em nosso Estado e Federação. Visando a promoção de startups, empresas de tecnologia, de fomento científico, de negócios inovadores, porém, que transitem em nosso território, para que a renda e valor agregado retornem para nossos moradores e cidades circunvizinhas. O investimento feito pelo Sicoob no projeto de pesquisa do café, possibilitará uma consolidação universal da ciência desenvolvida neste campo e geração de renda para os produtores do Estado nos próximos anos”, afirma.

Louzada avalia ainda que projetos com a magnitude de investimento como tem feito o Sicoob possibilitam prospectar da instituição (Ifes) e o município no cenário global. “Muitas pessoas não conhecem a realidade da ciência internacional, no momento como o que estamos vivendo, observamos a valorização do pesquisador e do cientista. Porém, avistamos ao mesmo tempo o descompasso entre pesquisa, desenvolvimento e implementação mercadológica, seja para o surgimento de uma vacina, de uma droga, de um tratamento ou até mesmo de melhoria de um processo industrial. Esse esforço advém da pesquisa de ponta, da ciência em escala global, interligado com o mundo e atuando com práticas que projetam nossas instituições neste cenário”.

Ele continua falando da importância dessa integração (pesquisa, desenvolvimento e implementação mercadológica) explicando que para que um estudo científico seja publicado em periódico internacional de renome, um esforço coletivo tem que ser feito em conjunto. “Como exemplo, em estudos que aplicamos técnicas de sequenciamento genético, temos que enviar materiais para os USA ou Coréia do Sul, pois não temos como realiza-los internamente. A cooperação com laboratórios de ponta da Universidade Federal de Viçosa-UFV da Universidade Federal do Espírito Santo- Ufes, tem possibilitado uma alavancagem sem precedentes”.

Porém, o investimento em pesquisa deve ser contínuo, não como um custo sem retorno, mas sim, como um senso de possibilidade para novas gerações. Certamente o conhecimento agregado gera muito mais dividas do que a produção tradicional, como exemplo, se compararmos a venda de todos os iPhones no ano de 2019, as divisas equivalem a toda balança comercial agrícola do Brasil. Não seria uma medida injusta? Se consideramos a comparação no quesito alimentação, talvez sim, mas se considerarmos o arcabouço tecnológico, não!

O brasileiro precisa deste despertar, a ciência é o único caminho possível para desenvolvermos produtos e processos com alto valor agregado e colocarmos renda agregada em nosso território. Ações empreendidas como a do Sicoob, vão de encontro a esse cenário, alinhado com as práticas modernas de países e regiões desenvolvidas. Que sirva de exemplo e inspiração para outras instituições com capilaridades de investimento.

Por fim, o momento é reflexão, mas de projeção para o futuro, ficar inerte não irá nos mover para fora desta crise, social, política, econômica. Venda Nova do Imigrante possui todos os contornos geográficos para ser um grande polo de inovação e tecnologia, com desenvolvimento de alimentos funcionais, com alto valor agregado, além de todo fomento que pode ser empregado em turismo, gastronomia, dentre outros. No caso da ciência aplicada à cafeicultura, tal parceria nos permitiu sair do plano do sonho, para a realidade.

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