Depois de um hiato forçado pela crise sanitária da pandemia do novo coronavírus, o projeto Reprise volta a se conectar com a comunidade. Em sua 5ª edição, propôs um debate, baseado no documentário "Especial Dia das Mulheres - Como Ela Faz?".  Desta vez o ponto de encontro foi no Centro Cultural e Turístico Máximo Zandonadi, na tarde do dia 20 de março último.

Esta edição contou com a parceria do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Gênero e Sexualidade – NepGens, do Ifes Campus Venda Nova, e do Cineclube Diversidade. O evento trouxe à tona a discussão sobre equidade de gênero, através da exibição + debate do documentário dirigido por Tatiana Villela e produzido pela Tocha Filmes entre 2020/21.

 “O documentário mostra e dialoga sobre e com mulheres que lidam cotidianamente com a desigualdade de gênero, raça e etnia no mercado de trabalho. O documentário traz a experiência de mulheres de variadas profissões, astrônomas, filósofas, domésticas, políticas com mandato, agricultoras, empresárias, negras, indígenas e mulheres trans, de origem de estados brasileiros”, pontua Letícia Sossai, agente cultural que integra o Reprise.

Ela avalia que o documentário vem mostrar “o mais profundo e doloroso da equidade de gênero e de raça em depoimentos de mulheres que sofrem todos os dias e são reais, como nós! É de uma potência tão grande que é impossível não se emocionar com a perspectiva das mulheres que se abrem durante os 90 minutos do filme. Abre-se um portal, em que conseguimos enxergar vários desses momentos de equidade no nosso dia a dia profissional e pessoal”.

O Projeto

O Reprise Interferências Culturais é um projeto independente idealizado por um coletivo de Venda Nova do Imigrante, formado por Carlos Bao (designer gráfico), Iasmyn Santos Ferreira (tradutora e intérprete de libras), Leonardo Pichara (professor de inglês do Ifes Venda Nova), Thiago Braga (estudante de letras português e professor de literatura na Coopeducar) e Letícia Sossai (agente cultural).

Como todos os integrantes já se conheciam e já eram parceiros em outras atividades, o projeto surgiu, espontaneamente, da necessidade de se criar um espaço para manifestações artísticas diversas, sempre em pontos diferentes da cidade. As edições anteriores aconteceram em um restaurante, numa choperia, numa sorveteria e em um hall de uma galeria e sempre com um público maior que o esperado. A última edição reuniu mais de 250 pessoas.

 O Reprise se embasa em três importantes vertentes artísticas: o cinema (com a projeção de um documentário ou curta sobre temas importantes, e posterior debate), a poesia (através de recitais e troca de livros) e música (com apresentações de artistas ou atrações locais, geralmente estreantes ou com pouca estrada). Durante todo o evento, o microfone fica aberto para quem quiser apresentar seu talento. E vale tudo: dança, música, teatro, poesia. Eventualmente, acontecem oficinas de artesanato oferecidas por parceiros locais.

No palco do Centro Cultural: integrantes do NepGens, do Cineclube, a secretária de Turismo e Cultura e  membros do Reprise.