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Presidente da Feira Livre e produtora de alimentos

Presidente da Feira Livre e produtora de alimentos

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Diante da lojinha em fase de conclusão, Mariana exibe alguns produtos.
Ela fala da sua atuação na produção de receitas caseiras e também do
funcionamento da Feira Livre, local onde se percebe as novas gerações
atuando ao lado dos pais. "Os jovens estão enxergando a possibilidade
de evoluir, dar continuidade e renovar aos projetos familiares".
(Foto Wanda Ferrera/Jean Davies)

Quando Mariana Zandonadi Bissoli saiu de Venda Nova para estudar direito numa faculdade de Vitória, ela ainda não imaginava qual seria ao certo o seu destino profissional. Com o diploma na mão, em 2014, quando retornou para sua cidade Natal, tinha certeza que o direito não seria sua carreira.

Nascida em 1990, a filha mais nova do casal Whashington Bissoli e Marta Amélia Zandonadi, se agarrou às raízes maternas para começar a produzir alimentos. Ela fundou a Life Fit, uma cozinha de preparo de pratos leves para entrega em forma de marmitas. Logo, logo, ela já conquistou sua clientela.

Com sua produção de congelados ela abriu uma barraca na Feira Livre de Produtores Rurais de Venda Nova, onde ela também passou a comercializar algumas geleias e antepastos produzidos pela mãe. Como criar uma marca de alimentos era um antigo sonho de sua mãe, que queria homenagear a matriarca (e avó de Mariana) Martha Altoé Zandonadi, as duas se uniram e fizeram surgir a Dona Martha Delícias.

Mariana então deixou de lado a produção de marmitas e criou outras receitas congeladas. O caderno de Dona   Martha foi a grande inspiração para criação da marca, que se valeu da experiência de Marta Amélia em produzir geleias para presentear e também do traquejo de Mariana, que dominava a produção em média escala, bem como a comercialização.

Presidente da Feira Livre há três anos, Mariana também levou inovação para a organização das famílias de produtores e da agroindústria, que se encontram todas as tardes de sexta-feira. Algumas ideias, como levar música ao vivo para a Feira, precisaram ser adiadas devido à pandemia.

O projeto agora é continuar na proposta de sempre revigorar a feira, estimular a produção de alimentos sem agroquímicos, assim como a criatividade dos feirantes. “As famílias estão envolvendo seus filhos jovens, tanto na produção quanto na comercialização. Os jovens estão descobrindo que sair para estudar não é o único caminho para construir o futuro e, mesmo quando saem, descobrem que podem retornar. Com a venda de seus produtos garantida na feira e em entregas domiciliares, as famílias estão enxergando a possibilidade de continuidade”, avalia Mariana.

Além de atuar como voluntária na diretoria da Feira, Mariana também participa apoiando os trabalhos na Apae, da qual seu pai já foi presidente. “Meus avós e meus pais sempre participaram dos movimentos sociais e voluntários de Venda Nova. Penso que precisamos criar mais oportunidades e atrativos para os jovens, que de sua forma já estão se engajando”.

Para garantir que a Feira continue- mesmo em tempo de pandemia-, a Secretaria de Saúde adotou vários protocolos de segurança sanitária. “Fomos matutando até chegar ao modelo ideal de funcionamento e está dando certo, pois as pessoas estão respeitando. Nos dias que o Município está de bandeira vermelha, colocamos seguranças para apoio na organização melhor do fluxo, com entrada e saída da feira. Assim as pessoas nãos e esbarram. Cada feirante tem tido uma participação importante, orientando as filas e evitando aglomerações”.

Mariana, que desde que se casou com o produtor Evandro Falqueto, passou a morar em Alto Bananeiras, mantem sua cozinha funcionando no Bairro Vila Betânea, num terreno próximo da casa dos pais. É lá que ela encontra apoio para conciliar suas atividades com a criação do pequeno Enrico, que nasceu no ano passado. “Estamos fazendo uma lojinha nova, que vai ser inaugurada em breve. Queremos oferecer o melhor e continuar a contribuir com a imagem positiva de Venda Nova”, diz uma das protagonistas da geração que nasceu na época da emancipação do Município.

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