Poucos testes e isolamento podem explicar baixo número de casos confirmados de coronavírus em MG, dizem especialistas
Estado é um dos que menos faz exames em pacientes que são classificados como pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Minas Gerais bateu, nesta segunda-feira (11), cem mil casos suspeitos de Covid-19. São 3,3 mil casos confirmados. No Brasil, o estado é o terceiro com menor incidência da doença, segundo Ministério da Saúde. A cada cem mil habitantes, 15,5 tiveram diagnóstico confirmado. Situação semelhante pode ser vista em Belo Horizonte, que tem 37,18 confirmações por cem mil habitantes. É a quarta capital com menor incidência no país. Em contrapartida, Minas é um dos piores no quesito de testagens.
Afinal, há motivos para comemorar ou os números mascaram a real situação do estado? O G1 ouviu especialistas sobre o assunto.
Um dos fatores que explicam a baixa incidência de casos confirmados no estado é o fato de que poucos testes são realizados. Segundo pesquisa feita por estudiosos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Minas fez apenas 478 testes por 1 milhão de habitantes desde o início da epidemia, um dos piores do país neste quesito.
“No Brasil, essa taxa é cerca de três vezes maior e, nos países da Europa, que já começam a flexibilizar as medidas de isolamento, a situação é a seguinte: 23.000 testes/milhão de habitantes na Itália, 32.891 testes/milhão na Alemanha e 41.332 testes/milhão na Espanha, para citar alguns exemplos”, informou a pesquisa.