Português (Brasil)

Óticas Serrana: visão e gestão explicam sucesso entre os clientes das quatro lojas

Óticas Serrana: visão e gestão explicam sucesso entre os clientes das quatro lojas

Data de Publicação: 29 de novembro de 2019 19:46:00 Paulo Lobo, mais conhecido como Paulinho da Ótica, administra as quatro óticas com a esposa Christina e é obstinado na busca de inovações e da excelência no atendimento

Compartilhe este conteúdo:
A equipe da matriz, a Ótica Serrana de Venda Nova, atua com um trio no laboratório de montagem, uma dupla
no financeiro e um trio no atendimento ao público. Todos são treinados para atender o cliente,
embora especializado em alguma área.

Quando o leitor estiver apreciando essa matéria, as lojas das Óticas Serrana já estarão atendendo com a mais recente inovação: o uso das técnicas de visagismo para auxiliar os clientes na escolha dos óculos. Recentemente, a equipe fez cursos e passou por treinamento e agora está apta a indicar a armação que mais valoriza as características e que vai ao encontro da imagem que o cliente quer passar.

Paulo Lobo, proprietário das Óticas Serrana, está entusiasmado com os novos conhecimentos. “Sabemos que o tom da pele, que a cor dos cabelos, o tipo de sobrancelhas e detalhes como as bochechas devem ser observados na hora de indicar uma armação de óculos, não somente o formato do rosto. São regras diferentes, dependendo se os óculos são de sol ou de grau”.

Para Paulo, o  conhecimento das técnicas de visagismo é agregador na formação de uma equipe que passa por constantes treinamentos em busca da excelência no atendimento. “É primordial escutar o cliente e saber exatamente a imagem que ele deseja passar. Também é importante estar preparado para dar a ele a solução mais adequada”, pontua.

Com a oferta das lentes ‘transitions Style Colors’ disponíveis em alguns   graus, as Óticas Serrana cumpre sua proposta de trazer o que há de mais moderno na sua linha de atuação. “Essas lentes, que chegam em três tonalidades (azul, violeta e marrom) estão ainda se posicionando no mercado. Sua permanência vai depender da aceitação do público consumidor”.

Além das novidades mencionadas, as marcas Ray Ban, Prada, Gucci, Douce & Gabbana, Colcci, as três linhas Armani, Atitude, Ana Hickmann e Calvin Klein estão no amplo portfólio das lojas. Toda essa riqueza de ofertas de marcas sofisticadas ou básicas, serviços precisos e atendimento de qualidade fazem parte de uma trajetória, onde além da perseverança e gestão, houve muito investimento.

 Solução

A visão de se colocar como parte da solução da demanda do cliente acompanha Paulo desde o início de sua atuação em ótica. Ele trabalhava em uma loja em Cachoeiro de Itapemirim e depois foi transferido para a filial em Venda Nova. As oportunidades vieram e ele soube dizer sim, mudando para sempre o rumo de sua história.

Já contratado de uma ótica em Cacheiro há três anos, a direção propôs sua transferência temporária para Venda Nova. Ele aceitou e, passadas algumas semanas na cidade, ficou bastante conhecido. Ao perceber sua razoável popularidade pelo curto tempo de atendimento, o proprietário fez uma proposta para ele atuar definitivamente na filial. Acertadas as condições, Paulo aceitou ficar no município.

Mesmo que sua função, por finalidade, era vender óculos, Paulo se incomodava com a situação das pessoas que chegavam na ótica com seu único óculos quebrado. O conserto era feito em Cachoeiro e, em muitos casos, era complicado para o cliente dependente dos óculos esperar tanto dias para reaver a peça.

Paulo então pediu ao dono da ótica que comprasse os instrumentos de conserto para ele mesmo resolver os problemas dos clientes. “Ele trouxe maçarico, solda, fluido e algumas armações para eu fazer os testes. Foi um desafio, pois tive que aprender sozinho. O resultado foi positivo, pois mesmo não vendendo de imediato uma armação nova, criamos empatia e construímos a fidelização com os clientes”.

Na época não passava pela cabeça de Paulo ser dono de uma ótica um dia. “Eu queria reconhecimento no que fazia, pois fiquei apaixonado pelo ofício. Aproveitei para fazer curso de ótico e fui me desenvolvendo cada vez mais”, lembra o rapaz que também era músico na igreja e cantava às vezes em cerimônias de casamento e também na noite.

E foi participando dos movimentos da igreja que ele conheceu Christina Haddad Vieira, posteriormente sua esposa e uma grande incentivadora. E a oportunidade chegou quando vagou um ponto comercial de seu sogro, José Anilton Dias Vieira, que também o apoiou financeiramente. ‘’Ele e Christina me incentivaram muito e resolvi encarar o desafio de ser o dono de uma ótica. A loja foi inaugurada em maio de 2010. Sempre quis voos altos e quando chegaram as oportunidades, eu não as desperdicei e as agarrei com força”.

Trabalhando com só mais uma pessoa, Paulo precisava almoçar discretamente atrás do balcão... Algumas vezes nem conseguira fazer a refeição. Passados alguns meses, ele viu a situação apertar, pois os estoques estavam altos e as vendas abaixo da expectativa não geraram fluxo suficiente para os pagamentos. Nesse quadro, Christina entrou em ação com sua visão gerencial e passou a atuar mais firmemente na gestão da loja como sua sócia. Paulo fez o Empretec, oferecido pelo Sebrae local, e sua visão sobre o negócio se ampliou e ele continuou buscando informações técnicas. Christina continua gerindo e acompanhando os resultados e a evolução do negócio, mas com certa distância, pois é coordenadora do Sebrae Venda Nova. A filha dela, Isabela Vieira Zandonade,  depois de formada em agronomia, se integrou à equipe e atua na gestão e na administração das lojas, surpreendendo a família com sua veia empreendedora.

Paulo foi colocando em prática todo seu planejamento estratégico para fazer da Ótica Serrana uma referência em solucionar demandas relacionadas a óculos. Aos poucos, foi equipando a loja e adotando medidas para fazer baixar a inadimplência (hoje praticamente zero).

Paulo Lobo entre a enteada Isabela Vieira Zandonade e a esposa Christina Haddad Vieira. Eles formam
o trio de frente das quatro lojas da Ótica Serrana.

Além de treinar sua equipe, Paulo foi aumentando o poder de compra da Ótica, que conquistou crédito junto às marcas mais famosas. Assim, pode montar uma vitrine atraente e receber seus clientes, que são muito bem atendidos pelos vendedores preparados para solucionar demandas.

Em 2012 a Ótica Serrana abriu sua primeira filial em Pedra Azul, Domingos Martins. A intenção era atender melhor uma clientela expressiva e Paulo se deparou com um grande desafio: o hábito do morador local procurar a Sede de Domingos Martins, Venda Nova ou Vitória para resolver seus problemas. Por um longo tempo a Matriz sustentou a filial, que alcançou seu ponto de equilíbrio em 2017.

A Matriz estava nos eixos, com bons resultados, e chegou-se a conclusão de que seria a vez de abrir a segunda filial, desta vez em Brejetuba. A iniciativa foi precedida de pesquisa e simulações, mas naturalmente a Matriz sustentou o projeto no início e, em 2018, a loja de Brejetuba já se sustentava.

Em 2018 uma nova oportunidade surgiu. Um ponto comercial do sogro estava para ser desocupado em Afonso Cláudio e novamente Paulo foi instigado a abrir uma nova loja. “Fizemos uma sondagem de mercado antes e também um plano de negócio pelo Sebrae, que apontou a viabilidade para o negócio.  Um ano e quatro meses depois, a filial de Afonso Cláudio está começando a encontrar o ponto de equilíbrio.

Faz bem esclarecer que ponto de equilíbrio não significa ganho ou recuperação do investimento, mas (como o próprio nome diz) o equilíbrio entre receita e despesa. “Nossa ideia é que em um ano e oito meses, uma filial comece a se pagar. Pode ser que esse prazo aumente ou diminua um pouco, mas isso está dentro da programação”.

Atualmente todas as lojas contam com equipamento de medição de alta precisão. Antes de entrar em funcionamento, são dois meses de treinamento para os funcionários estarem aptos a tirarem as medidas corretas pois, caso contrário, o cliente não se adapta aos óculos, principalmente os multifocais.

As lojas da Matriz e de Afonso Cláudio (a segunda maior praça) têm laboratório de montagem. Devido à falta de espaço, só a loja de Pedra Azul não tem cantinho da criança, um espaço especial e cercado para que os pais possam escolher sua armação com tranquilidade.

Todas as peças entregues passam pelo rigoroso controle de qualidade, que inclui: aferição das lentes (durante e depois da montagem dos óculos) e da armação e verificação se o grau é correspondente ao solicitado na receita.

Para dar esse passo na vida: sair da condição de funcionário para dono de uma rede de óticas, Paulo contou com o incentivo da esposa e da família dela, mas também teve que ter desprendimento. Em maio de 2010 ele se desfez do único bem, um carro marca Gol, ano 94. E foi esse fundo de reserva que o ajudou a atravessar os períodos de turbulência, assim como sua fé e a sua disposição para trabalhar.

Compartilhe este conteúdo: