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O voluntariado, a responsabilidade da maternidade e o empreendedorismo na veia

O voluntariado, a responsabilidade da maternidade e o empreendedorismo na veia

33 Anos de Emancipação Política de Venda Nova

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Foto Wanda Ferrera / Jean Davies

Ela nasceu em 1986, dois anos antes de Venda Nova se emancipar.  Loreda Falchetto Venturim, aos 35 anos, é a nova presidente da Coopeducar- Centro de Educação, Cultura e Saber. A mais recente responsabilidade se soma aos compromissos de ser mãe de duas crianças, gestora de um hotel, função que divide com sua irmã mais nova, e de uma franquia, a Maria Brasileira.

“Eu sinto um grande incômodo ao ver uma instituição tão importante precisando de novas lideranças. É um incômodo diante de uma dificuldade e também uma oportunidade de colocar em prática o voluntariado e a solidariedade”, diz sobre os sentimentos que a fizeram aceitar o desafio de colocar seu nome à disposição para ficar à frente da Cooperativa de Ensino que tem 20 anos de existência.

Loreda, que já fez parte da diretoria da Associação Festa da Polenta- Afepol durante quatro anos, quer reavivar o sentimento de pertencimento na Coopeducar, tão presente entre os pais que se uniram na criação da Cooperativa de Ensino.

Essa vocação para se envolver no que é de interesse comum é uma característica de sua família e de muitas em Venda Nova. “Eu me inspiro em meu pai, que se cerca de pessoas boas e comprometidas, para dar conta das várias frentes. Eu organizo meu tempo e valorizo as pessoas de suporte, como as que eu conto no Hotel, na Maria Brasileira, em casa e, agora, na Coopeducar”.

Uma das herdeiras de um dos hotéis mais tradicionais de Venda Nova, o Hotel Esmig, Loreda se orgulha de ter modernizado a fachada há seis anos e reformado a recepção no início de 2019. Agora ela está envolvida na reforma interna, nos apartamentos. “Já reformamos o último andar, com renovação do piso, da parte elétrica e dos móveis. Estamos continuando aos poucos a reforma nos outros dois andares. Trocaremos todas as portas e implantaremos a fechadura eletrônica”.

Em 2006, ela passou a administrar o hotel junto com sua mãe, Bernadete Falchetto Venturim, que se afastou quando a sua irmã mais nova, Lubiana, entrou em cena. O hotel, atualmente com 69 apartamentos, tinha uma capacidade bem menor quando foi herdado pelo pai, Cleto Venturim.

Consciente dos desafios que enfrenta, Loreda valoriza a luta do avô Euzaudino Venturim, o   criador do empreendimento, e a de seu pai e mãe, que trabalharam para ampliar e manter. “A nossa função, minha e de minha irmã, é dar continuidade diante das constantes mudanças de realidade. As exigências mudam com muita rapidez e precisamos estar atentas”.

Para Loreda, o importante é ter abertura para agir e transformar. “Vejo que quando os pais dão liberdade e confiam, é mais fácil promover as mudanças. É claro que sempre os escutamos, sentamos para conversar, tirar dúvidas e ouvir conselhos. Esta postura nos estimula a enfrentar os desafios”.

Continuando, Loreda afirma que os desafios a movem e, com a pandemia, a empreitada do momento é manter a empresa viva e com possibilidade de continuar.

Há um ano comandando uma franquia da Maria Brasileira, ela encara um desafio diferente ao estar à frente de uma empresa nova e implantada no município em plena pandemia. “Para enfrentar esse momento, a franquia lançou pacotes e estratégias e estamos entrando no nosso ponto de equilíbrio. Vale lembrar que a limpeza se tornou uma prática ainda mais importante”.

Loreda ressalta ter consciência da responsabilidade em administrar empresas que geram tantos empregos e ajudam a construir o progresso do lugar. “Não podemos fugir à luta. Somos privilegiados por herdar o fruto do trabalho dos nossos antepassados, que tanto nos ensinaram a trabalhar pelos negócios em si, pela família e pela comunidade”.

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