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O desafio da gestão numa empresa interessada em gerar valor

O desafio da gestão numa empresa interessada em gerar valor

33 ano de Emancipação Política de Venda Nova

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Em agosto de 1989, Lorenza Venturim chegava ao mundo e, mais especificamente, em Venda Nova. A filha do   meio do casal Dete Falchetto e Cleto Venturim chegou no primeiro ano de administração pública Municipal e, não por acaso, o patriarca era vereador e compunha a Câmara Constituinte.

Nascida num seio de uma família ativa, Lorenza escolheu cursar ciências sociais na Universidade Federal do Espírito Santo-Ufes, sendo a única a    sair de casa para estudar. Ao retornar, no final de 2011, atuou dois anos e dois meses como bolsista do Sebrae.

Nessa época, o pai deu início ao projeto da fábrica de palmito, implantado na propriedade onde a família mora, no distrito de São João de Viçosa. A ideia inicial era construir a estrutura e alugar para uma pessoa com experiência no ramo,  mas no decorrer da implantação, a família acabou sócia no empreendimento.

No entanto, Cleto queria alguém de sua família ajudando a tocar o empreendimento. Quando Lorenza terminou de atuar no Sebrae, ele a convidou para participar da gestão da indústria, já que era sócio e não dispunha de tempo para se dedicar ao projeto.

“Na verdade, meu pai sempre se    preocupou em nos encaminhar e sabia que o hotel não daria para envolver as três filhas. Já existia um plantio de palmito na propriedade e o desejo de fomentar o cultivo. Reconhecendo uma oportunidade no mercado, ele resolveu investir no ramo”, disse sobre a iniciativa do pai.

Com seis meses de empresa, o sócio com experiência acabou saindo e Lorenza ficou diante de um grande desafio, bem diferente da sua linha de formação acadêmica. “Como se tratava de algo completamente novo, foi preciso começar do zero: criar rotina e procedimentos, trabalhar os produtos e a marca, formar a cartela de clientes e de fornecedores... Tudo era novo”.

Com a construção do negócio, o desafio é 'fazer a roda girar', como diz Lorenza. Nesse período, ela se casou com Matheus Grillo, técnico em mecânica e automação, que vindo morar em Venda Nova, abraçou o desafio de gerenciar a propriedade rural da família onde a indústria de conserva está instalada. Matheus e Lorenza então seguem juntos na gestão de empreendimentos diferentes, mas que de certa forma são complementares, visto que a propriedade também fornece matéria-prima para a indústria.

Sete anos se passaram depois da implantação da fábrica, que criou um mix de produtos para fazer frente à sazonalidade natural do consumo das palmáceas. “Queremos dar um 'up grade' na gestão, pois focamos até agora a parte operacional. Precisamos inovar, sem perder o foco na qualidade e segurança alimentar”.

Para Lorenza, é fundamental estar atenta se a indústria está gerando valor. “Essa é nossa maior preocupação, pois temos pelos menos 11 famílias que dependem da permanência da empresa. A empresa já é conhecida, vista e lembrada. E a marca já diz algo para o público...”

Apesar de reconhecer que sempre há o que melhorar, Lorenza sabe que a empresa integra os movimentos que fazem a vida acontecer no lugar. “Precisamos agora torná-la economicamente interessante e isso só será alcançado com uma gestão mais eficiente. Temos produto, uma equipe afinada, mercado consumidor e bons fornecedores. Queremos sair do empate”.

A empresa quer investir nas redes sociais como meio de interação com o público consumidor e com a comunidade em geral. “Quando começamos, atrelar nosso produto ao nome do Município foi fundamental para nossa credibilidade. Hoje chegamos ao ponto de poder ajudar a perpetuar o bom nome de Venda Nova. Queremos contribuir ao colocar na praça produtos de excelência e ao gerar oportunidade de trabalho e divisas para o Município”.

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