Mais gols que o Pelé
Ele sempre garantiu ter feito mais gols que o Rei Pelé. Muitos colegas testemunharam seus 1.450 gols quando jogou no Operário de Aracuí
![]() |
(Castelo), de 54 a 59 e no Rio Branco, de 60 a 74. Por pouco o nome de Ozíris Piassi não entrou no “Guiness Book”, o Livro dos Recordes, mas a prova que precisava, um caderno de anotações, de acordo com ele, virou cinzas na mão de um torcedor ingrato.
Essas informações já foram amplamente divulgadas e também foi matéria do Jornal Folha da Terra, de Venda Nova, edição de setembro de 2005. A reportagem especial fez alusão aos 60 anos do Clube.
Na época com 70 anos, Seu Ozíris se disse orgulhoso da carreira no clube e de suas dez taças. Caso fosse confirmado o recorde de gols, Piassi estaria entre os dez maiores goleadores da história. A primeira reportagem foi em “A Gazeta” na década de 70 e, em maio de 97, o aposentado rendeu nota na “Revista Placar”, especializada em futebol.
Oziris faleceu há um ano, mais precisamente no dia 22 de julho de 2019, aos 84 anos de idade. Nascido em Pedregulho, Castelo, o simpático apaixonado por futebol começou no esporte aos 16 anos e sempre se destacou por ser um artilheiro nato. Ele contava que chegou a ser procurado para assinar contratos profissionais com o Vasco e a Desportiva e só não aceitou porque não tinha sua família para sustentar e não poderia se aventurar.
Seus filhos se orgulham da história dele e guardam vários recortes de reportagens e fotos do tempo de glória de Oziris nos campos de futebol. Eles se recordam da força do chute do pai e da habilidade dele em jogar com os dois pés. “Uma vez ele deu um chute tão forte que deixou o goleiro desmaiado”, relembram Geruza, Giliane e Gilson, três dos seus cinco filhos.
Eles se recordam que o pai veio de Aracuí para morar em Venda Nova em 1959 e no ano seguinte já jogava no Rio Branco. Oziris se mudou para trabalhar com Roberto Feitosa, de quem adquirira a farmácia anos depois. “Meu pai acompanhou muito Dona Brígida nos atendimentos, na época que trabalhava com o Roberto. Depois se tornou referência em sua farmácia, que funcionou durante muitos anos no Centro da cidade”, recorda-se Gerusa.