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Livro conta a história da Festa da Polenta

Livro conta a história da Festa da Polenta

O lançamento da publicação de 352 páginas vai ser na noite de 5 de outubro

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O lançamento do livro “Festa da Polenta- 45 Anos de Voluntariado, Filantropia e Cultura” será na noite de quinta-feira, dia 5 de outubro, no Centro Cultural Máximo Zandonadi.  De autoria da jornalista Lilia Gonçalves, o projeto da produção do livrou foi abraçado pela atual diretoria que buscou apoio no Sicoob Sul-Serrano para patrociná-lo.

A história escrita em 13 capítulos, que retrata com relatos, fotos e reproduções de notícias a trajetória dos 45 anos da Festa da Polenta é um documento para perpetuar a memória de um evento que começou de uma ideia (de padre Cleto Caliman) e se tornou o maior evento da cultura italiana no Espírito Santo.

Além do resgate da memória, o livro lança uma luz sobre toda a complexidade e grandiosidade que a organização envolve. Apesar de todo o trabalho ser voluntário, a produção do evento é de um extremo profissionalismo ao mesmo tempo que envolve paixão, dedicação e muita criatividade.

O conteúdo editorial que compõe o presente livro é resultado de uma jornada de trabalho iniciada em 1991, ano de fundação do Jornal Folha da Terra. As matérias publicadas pelo periódico sobre a Festa da Polenta serviram de guia para a organização cronológica dos principais fatos ocorridos ao longo da evolução do evento. Desde sua fundação a publicação passou a noticiar o evento, além de criar um encarte especial para circular durante a programação. Este encarte evoluiu até se tornar uma revista em policromia, a Folha da Polenta.

No final de 2020, ápice da crise sanitária, resolvemos interromper as publicações do periódico, que completava 29 anos, e prosseguir com a Revista Folha Nova, lançada em maio de 2011. No início de 2021, durante a reflexão necessária sobre os rumos da Editora Folha da Terra, veio a ideia de reunir todas as publicações sobre a Festa da Polenta e transformá-la em livro. Como assumi escrever o livro sobre a história política de Venda Nova, o projeto foi adiado e retomou em 2023, quando a atual diretoria da Afepol o abraçou como causa.

Grande parte do conteúdo do livro já estava organizada, mas ainda carecendo de checagem de alguns dados e de atualizações. Com os temas já divididos por capítulos, revisitamos vários entrevistados e, quantas dezenas de vezes foram necessárias, consultamos nossos arquivos, pois é preciso ter coerência na ordem cronológica dos fatos. Não dá para confiar na memória.

Usei o verbo no plural pois consultar os arquivos foi uma tarefa que cumprimos juntas, Elaine Cristina e eu. Entretanto as buscas nos arquivos digitais foram executadas exclusivamente por ela, que achou verdadeiros tesouros, como as fotos da Serenata Italiana de 2005 feitas por Paulo Henrique Porto, o Pepê, quando o primeiro polenta móvel, feito por Tarcísio Falqueto, o Ciso, foi comandando pela turma de Bananeiras.

 

Conteúdo

Da forma como está organizado, o livro dá ao leitor uma ideia geral de como funciona a Festa da Polenta e como dentro dela existem vários núcleos de organização. “Tanta complexidade, que é costurada com muita simplicidade, faz-me concluir que a Festa da Polenta realmente é um universo à parte, um caso a ser estudado”, diz a autora no texto de apresentação.

Ela diz ainda que “desenvolver um olhar observador e reverenciador pelo entusiasmo dos voluntários foi fundamental para embarcar nesta história, que é resultado daquilo que ouso chamar de uma espécie de delírio coletivo. Esse time imagina que vai fazer uma coisa e, por mais improvável que pareça, a torna realidade. São os casos do Tombo da Polenta e da faixa gigante”.

“Devo reconhecer que é impossível representar a totalidade da Festa da Polenta em uma publicação, pois retratá-la fielmente abrangeria entrevistar pelo menos a metade dos voluntários, uma tarefa impraticável. E todos os voluntários são importantes peças na engrenagem que faz do sonho de padre Cleto uma realidade que se repete e se expande a cada ano”, acrescentou.

Além dos aspectos culturais, fundamentais para a identidade de um povo, a Festa da Polenta é propulsora do empreendedorismo de muitas famílias e uma oficina de líderes. Para trabalhar nela é preciso, além de atuar com senso de equipe, ter iniciativa.  

 

Sobre a autora

Desde 1991 autora escreve sobre a Festa da Polenta e criou um grande acervo de informações sobre o evento. Formada em comunicação social, com ênfase em jornalismo, pela Universidade Federal do Espírito Santo em 1988, mudou-se para Venda Nova em 1989 e fundou o Jornal Folha da Terra em 1991. Em 2011 fundou a Revista Folha Nova.

 

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