Farmácia Venda Nova: experiência e trabalho em família
Data de Publicação: 26 de agosto de 2016 21:20:00
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Uma farmácia completa, com vários programas de descontos e com um grande mix de produtos para atender de prontidão às necessidades do público. Antes de falar dos atributos da Farmácia Venda Nova, é importante entender a trajetória de sua criação e evolução, que passa pela história de João Tarcísio Réboli, proprietário e patriarca da família que conduz este empreendimento ligado à saúde e também este projeto de vida.
Oriundo de Afonso Cláudio, João chegou em Venda Nova em 1973, com 15 anos. Ele trabalhou na agricultura até 1978, quando recebeu em janeiro o convite de José Anchieta Feitosa para trabalhar em sua farmácia, na época uma das duas da cidade. Feitosa era uma referência no lugar e, além de aprender com ele, João teve a oportunidade de trabalhar ao lado de funcionários experientes. “Eu passei a substituir as férias dos colegas de trabalho e isso acabou me dando mais responsabilidade.”
João se lembra que morava na rua João XXIII e que nesta época não existia divisão de plantão entre as farmácias. “A rua não era calçada e, muitas vezes, quando chovia, saia no meio da noite, sempre descalço, porque não adiantava calçar sapatos devido à lama que chegava até no meio da canela. Tinha noite que eu mal dormia, pois chegava, lavava os pés e novamente era solicitado. A farmácia era na Vila Betânea e atendia o povo carvoeiro, que vinha de Minas Gerais para trabalhar na região.”
A farmácia abria as portas todos os domingos, até às 11 horas e nos demais dias funcionava até às 20. Apesar do horário estendido e do movimento, Venda Nova vivia seus dias de tranquilidade e, nos menos solicitados, dava para interagir com os vizinhos comerciantes e de moradia. “Em momentos de calmaria, era possível até jogar bola de gude com as crianças da vizinhança.”
João se casou com Carminha Seraphim em janeiro de 1988 e com ela teve dois filhos, Laís e Rodolfo. Com a demanda familiar, chegou o tempo de João investir nos seus próprios sonhos e partir para um empreendimento próprio. Afinal, Venda Nova cresceu e cabia mais farmácia para atender à população.
Na verdade, tudo partiu de um convite. O amigo Mauro Lousada, na época dono de farmácia em Castelo, convidou João para ser sócio dele e abrir uma farmácia no Centro de Venda Nova. “Eu vendi o meu Chevete para custear a estrutura física inicial da farmácia. Foi tudo muito simples e aos poucos fomos melhorando. Nossa primeira cliente foi Virgínea Rosa Marques, que comprou uma Neosaldina.”
Um ano depois sua esposa Carminha resolveu deixar seu trabalho no escritório de contabilidade de Diomar Vazzoler e se integrou à equipe da farmácia. Em 2000, o sócio propôs passar a parte dele e o casal assumiu a empreitada de tocar a farmácia.
No ano de 2003, a Farmácia Venda Nova precisava de ampliação e mudou-se para o ponto logo ao lado, que era maior. Por não ser farmacêutico de formação, João contratava profissionais e muitos passaram pela farmácia, e é claro que a sua experiência no trabalho anterior ajudou a construir seu know-how (conjunto de conhecimentos práticos) e, logo, a sua credibilidade, lhe garantindo uma clientela fiel.
Filha farmacêutica
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A Farmácia Venda Nova tem o perfil e a alma de uma empresa familiar. João trabalha ao lado da esposa, do irmão e agora, mais recente, ao lado de sua filha, que é formada em farmácia pela Universidade Federal de Ouro Preto- Ufop.
Desde que se formou, no início de 2015, Laís assumiu o cargo de farmacêutica ao lado de Sabrina Nunes Ventorim e, com seu jeito comunicativo e atencioso vem conquistando a cada dia a confiança dos clientes. “A escolha desta formação partiu de uma decisão minha e se deu de forma muito natural. Eu sabia que estudaria na área de saúde e quando decidi pelo curso de farmácia também não tinha planos de voltar. Pensei em trabalhar na indústria e, ao ajudar minha família nas férias, percebi o mercado e enxerguei a grande oportunidade que tinha em minhas mãos. Eu já tinha meu primeiro emprego garantido nas mãos e onde buscar experiência.”
Os estudos na Ufop também passaram pelas escolhas de Laís, que passou em segundo lugar na Esmescan, em Vitória, mas preferiu ter paciência e esperar o resultado do vestibular na escola mineira para se matricular. “A Escola de Farmácia da Ufop é a primeira da América Latina e estudar lá significou realizar um sonho.”
Nestes primeiros anos de trabalho Laís já percebeu o quanto a comunicação é importante para compreender o que as pessoas precisam. “Não basta ter todos os medicamentos prescritos se a interação com o cliente não existir”. Para Lais esta é uma das principais vocações da Farmácia Venda Nova, uma filosofia defendida pelo seu pai, sua mãe e por toda equipe. “Acredito que este seja o ponto principal e prova disso são os clientes fieis há mais de 22 anos.’’
No balcão de uma farmácia, João Réboli acompanhou um pouco da evolução de Venda Nova há quase 40 anos. “Na Vila Betânea predominava o brejo e, da farmácia onde eu trabalhava, assisti as partidas de futebol da criançada, que aproveitava o pó de serra deixado pelos circos que ali se instalavam.”
Para João, sua vitória está construída pelos fragmentos de tudo que recebeu e também do que se dispôs a aprender. “Tenho muito que agradecer às pessoas que passaram pelo meu caminho. Comecei com muita coragem e poucos recursos, mas com bons exemplos a seguir. Acredito que o caminho é a determinação e a coragem.”
A cada degrau galgado, a Farmácia Venda Nova foi construindo seu nome. “Passo a passo, fomos construindo tudo e hoje posso dizer que o nosso maior patrimônio é a confiança de nossa clientela. Estamos trabalhando para atender cada dia melhor, sempre atentos às novas necessidades que vão surgindo”, encerra João.