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Especial HPM: fisioterapeutas desenvolvem trabalho de reabilitação pós-covid 19

Especial HPM: fisioterapeutas desenvolvem trabalho de reabilitação pós-covid 19

Lorena Bahiense e Lucas Fiório Rebouças, que coordenam cursos de capacitação de fisioterapia hospitalar, lançam programa para devolver funcionalidade aos atingidos pela pandemia

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O casal de fisioterapeutas, Lorena Bahiense Rebouças Fiório e Lucas José Fiório Rebouças, é responsável pelo atendimento na UTI do Hospital Padre Máximo. Eles são os donos da empresa Home Fisio, que presta serviço terceirizados ao Hospital Padre Máximo e também oferece atendimento domiciliar. A equipe coordenada por eles é formada por nove profissionais.

Quando o HPM criou o ambulatório, o casal foi convidado para atuar, justamente quando montava um programa em reabilitação pós covid-19. Com formação em terapia intensiva, a equipe atua esporadicamente também na enfermaria. "Essa especialidade abrange a área cardiopulmonar, que é o que mais precisa de reabilitação no pós-covid-19”, salienta Lucas.

"A pandemia veio aí para colocar a fisioterapia como uma profissão essencial no tratamento de pacientes com covid-19, não só no pós-covid, mas também durante todo o processo da doença”, ponderou Lucas, ao afirmar que, no caso deles, a atuação será no pós, já que o HPM não é referência na doença.

Como a doença atinge diversos órgãos, é esperado que as sequelas também sejam das mais variadas, pois o Sars-CoV-2 tem essa característica de se comportar em cada pessoa de uma forma. Por isso, o tratamento vai depender da evolução da doença. Se for possível, um check-up médico é válido para trazer uma visão mais global do quadro de saúde.

Pessoas que ficaram internadas, intubadas principalmente, podem necessitar de uma reabilitação cardio-pulmonar e física. Há também quem tenha passado por alterações neurológicas (paralisias ou déficits motores, por exemplo) e precise de uma reabilitação focada nisso. “Qualquer atividade de rotina que era feita e, pós-covid, ficou mais difícil ou não é mais realizada, já é um motivo para procurar ajuda”, aconselha Lucas.

Lorena ressalta que os pacientes que ficam internados saem com sequelas motoras e os que ficam por um longo tempo perdem força, pois a cada dia perdem 10% da massa muscular. “A reabilitação está relacionada à funcionalidade. Com a pandemia, a fisioterapia ganhou ainda mais visibilidade, pois atua principalmente com esse objetivo”.

Os profissionais salientam que a recuperação de uma pessoa que saiu de uma internação é de longo prazo e que já é percebido que um atendimento com maior frequência é necessário e proporciona melhores resultados.  Mesmo sendo esses pacientes a maioria necessitada de assistência domiciliar a intenção do casal é centralizar o atendimento no ambulatório para os que têm uma certa mobilidade.

As pessoas interessadas nos serviços prestados pelo casal já podem entrar em contato com o ambulatório, pois a agenda já está aberta. “Nos organizamos para atender. Estamos lidando com uma demanda de um paciente que precisa retornar para as suas atividades diárias e esse é o nosso foco. Pacientes com atendimento em fisioterapia se recuperam mais rápidos do que os que não têm e também têm menos riscos de sequelas”, pontua Lorena.

 

Capacitação dos colegas de profissão

Quando a Home Fisio se estabeleceu em Venda Nova, a dificuldade do casal Lorena e Lucas foi formar uma equipe com profissionais treinados. “Foi necessário trazer profissionais de Cachoeiro de Itapemirim e de Vitória para atender”, relembra Lucas.

Essa realidade se manteve por seis meses, quando o casal, atendendo à necessidade  de capacitação de profissionais,  iniciou a formação  da primeira turma do curso de capacitação na área hospitalar. Com a prática toda centralizada nas dependências do Hospital “nos propusemos à diretoria oferecer o curso,  sendo 80% prático, no próprio Hospital. Com isso resolvemos um problema nosso, do mercado e também dos estudantes e recém-formados em fisioterapia”.

Lucas explica que os cursos se desenvolvem nos finais de semana, durante quatro meses. “Já formamos duas turmas e 90% de nossos alunos já estão atuando nos hospitais. A empresa também absorveu parte desses profissionais e não foi preciso mais importar essa mão de obra”. 

Uma nova turma será aberta em agosto. Os alunos passam por avaliação mensal e mostram resultados através de indicadores, tendo como suporte toda estrutura do HPM, que abraça o projeto como mais um braço da Instituição na promoção da saúde. “Atraímos alunos locais e de diversos municípios da região, que se hospedam e se tornaram clientes de hotéis, restaurantes e usufruem de outros serviços oferecidos na cidade. O curso ajuda fortalecer Venda Nova como polo de saúde”, finaliza Lucas.

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