Especial HPM: Dois médicos no Pronto-Socorro
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Os médicos plantonistas, Renata Davel Ramos e Lucas Castello Schultz, e a enfermeira Paula Eller Uliana (à direita) estão entre os profissionais que fazem parte da equipe de plantonistas na linha de frente do Pronto-Socorro do HPM. Junto com eles (à esquerda), Larissa Benicá, acadêmica de enfermagem pela Faveni e estagiária. O HPM tem convênio com várias faculdades e os estudantes estagiam em diferentes áreas, |
A grande novidade a ser anunciada relacionada ao Pronto-Socorro- PS do Hospital Padre Máximo é a manutenção de dois médicos 24 horas e o bom funcionamento da nova estrutura inaugurada há cerca de um ano.
“Desde o início de agosto deste ano, ampliamos o serviço de clínico geral no PS, que passou a contar com dois médicos 24 horas, sete dias por semana, mantendo o atendimento ininterrupto em sala de emergência e demais setores do PS”, afirma a diretora Esla Lessa Borba.
De acordo com ela, o resultado na inovação foi proporcionar mais agilidade no atendimento, mesmo quando há alguma emergência sendo atendida em sala vermelha. O atendimento na porta é mantido contínuo, reduzindo o tempo de espera.
Reforma
O Pronto-Socorro passou por uma reforma e adequação, o que trouxe mais ambiência com as adaptações importantes para segurança e conforto. A recepção está mais espaçosa e conta com banheiros masculino e feminino, acessíveis a cadeirantes e pessoas com deficiência.
A Sala de Classificação de Riscos é interligada à de espera, dando maior celeridade no processo de atendimento e classificação pelos enfermeiros responsáveis e fica próxima aos consultórios médicos. Compõe o espaço uma ampla sala de medicação, onde 10 poltronas separadas por cortinas dão mais conforto e privacidade aos pacientes atendidos. Também anexas funcionam uma sala de repouso e outra de observação pediátrica, totalmente adaptada ao público infantil.
O PS conta ainda com uma Sala de Emergência com cinco leitos equipados, duas salas de observação (uma masculina e outra feminina) com leitos para pacientes do SUS, uma de observação para pacientes de convênios ou particulares, uma sala de isolamento para estabilização, uma de imobilização ortopédica, uma unidade de farmácia satélite e um posto de enfermagem / sala de prescrição.
Posicionado dentro da planta física do PS, encontra-se o Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico- SADT, onde são oferecidos exames de imagens, como RX e mamografia, assim como uma unidade da Unimed Sul Capixaba, que faz exames de tomografia e ultrassonografia.
Projetos em curso para melhorar o atendimento no PS
A diretora geral ressalta que as reformas ainda estão em andamento. “Foram necessárias diversas adequações solicitadas pelo Corpo de Bombeiros, visando aumentar a segurança nas instalações, assim como foi realizada toda adequação e substituição das redes hidráulica e elétrica e a de gases medicinais”, pontua.
“Para que o atendimento do hospital possa ser melhor e mais qualificado dia após dia, temos trabalhado fortemente com um programa de treinamento institucional. Fazemos isso de forma permanente e continuada, com base em normas técnicas e padrão de qualidade, com parceria multidisciplinar”.
Quais recursos mantêm o funcionamento do PS
Para manter o Pronto-Socorro funcionando, o Hospital conta com verbas do Município, do Estado e da União. Considerado o grande 'Calcanhar de Aquiles” da Instituição, o PS atende pacientes de toda região.
Os serviços ofertados na modalidade particular e convênios, sendo credenciado a 14 planos de saúde atualmente, têm ajudado minimizar os déficits. “O déficit mensal, historicamente, vem sendo contornado pelas emendas de custeio, pelas doações ou pela realização de eventos e campanhas beneficentes”.
Esla explica que na esfera federal, a direção do Hospital conseguiu conquistar também a confiança de parlamentares, que indicam emendas direcionadas à entidade. “Essas emendas podem ser de custeio, o que é de suma importância para o pagamento da manutenção de serviços. Também têm as emendas para aquisição de equipamentos, necessários para atualização do parque tecnológico institucional, melhorando as condições dos atendimentos”.
O novo modelo de contrato, assinado recentemente entre a instituição e o Estado, por ser flexível, poderá trazer o almejado equilíbrio financeiro do Hospital. “O contrato foca na performance institucional e no cumprimento de metas, o que, nos últimos anos, temos alcançado em sua integralidade. Sabemos que estamos no início desse modelo e que as despesas e responsabilidades são grandes, mas empreendemos esforços para que haja equilíbrio entre receitas e despesas. Temos desafios conhecidos e, somos cientes que com o crescimento das demandas, novos desafios estão por vir”.
Preocupação com a nova lei
A promulgação da Lei 14.434 /2022, que fixa o piso nacional único para a enfermagem, aprovado sem acréscimos de recursos que possibilitassem cumprir com o compromisso de pagar o novo piso, trouxe preocupação para a gestão do Hospital. “O novo piso para os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que atuam no hospital é justo e incontestável”, tenho que salientar.
Esla ressalta que esses profissionais formam os times que são a base da assistência em saúde. “São profissionais dedicados no cuidado e pessoas com quem convivemos, dividimos grande parte de nossos dias, colegas de trabalho. A chegada da notícia da suspensão dos efeitos da Lei 14.434/2022, provisoriamente, reconhecendo os riscos com os impactos da legislação que não foi sustentada com a devida e tão pedida fonte de custeio trouxe um fôlego, mas estamos muito distantes de uma comemoração”.
“Mais do que a decisão do Supremo Tribunal Federal, o Hospital Padre Máximo espera a sustentabilidade da prestação de serviços ao SUS. Além disso, deseja que o parlamento brasileiro indique recursos suficientes para que possa, com muita satisfação, honrar esse compromisso com a enfermagem e com os demais profissionais envolvidos na assistência à saúde, que sejam imediatamente revistos os tetos financeiros para viabilizar esses pagamentos e que um novo modelo de financiamento seja amplamente discutido e caminhe concretamente no Executivo Nacional. Desta forma, o HPM defende a assistência de qualidade, com remuneração justa e orçamento adequado para a saúde dos brasileiros, como se prevê nossa Constituição”, finaliza Esla.