Especial HPM: Ambulatório de Especialidades, quartos particulares e pacotes para atendimento
Várias ações fazem parte da estratégia para oferecer serviços e ao mesmo tempo promover o equilíbrio financeiro da Instituição
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Uma das propostas para equilibrar as contas, além de prestar uma alternativa de serviços à comunidade, é justamente a ampliação do ambulatório para atendimento dos pacientes de planos de saúde e de particulares. Atualmente 28 profissionais, de diferentes especialidades, fazem atendimento no ambulatório, que foi inaugurado no dia 30 de junho (fotos acima).
“Em 2018, funcionavam apenas duas salas, uma para ortopedia e outra para ginecologia. Percebemos que o mesmo espaço poderia abrigar mais salas, apenas com algumas readequações. Temos agora cinco salas/consultórios e uma sala de pequenos procedimentos”, explica Esla, diretora geral do HPM.
De acordo com ela, desses profissionais, muitos fazem cirurgias no HPM, além de se revezarem no uso dos consultórios, de acordo com a sua especialidade e disponibilidade de agenda. Nas dependências do ambulatório é possível, além de consultas especializadas, fazer eletrocardiograma, endoscopia, colonoscopia, colocação ou retirada de DIU, pequenos procedimentos cirúrgicos na área de urologia, dermatologia, cirurgia plástica e ginecologia, atividades de fisioterapia, entre outros.
A partir de agosto também está previsto o início do internato do Centro Universitário Unifacig (Manhuaçu - MG), o Hospital vai receber os alunos do 11º período de medicina para o internato de clínica médica e obstetrícia. Serão 22 alunos só na primeira fase, chegando a 44 até dezembro. “Todas essas ações ajudam a construir a excelência do Hospital, que a cada passo se consolida como referência regional”, observa Esla.
Pacotes
Para facilitar a vida do usuário dos serviços do ambulatório, o Hospital criou pacotes de atendimento para diversos públicos, com um serviço diferenciado na região. Uma parceria entre o Hospital, os profissionais e o Laboratório de Análise Clínicas possibilitou esses novos arranjos de atendimentos.
Checkup Máximo: um mapeamento completo da saúde do paciente. Consultas com especialistas e exames, de acordo com a necessidade, conforme protocolos clínicos e personalizado para cada pessoa, realizados no mesmo dia / período, com duração de 4 horas, com rapidez e segurança em um só lugar.
De acordo com a demanda pessoal, o paciente pode contratar um pacote, pagando um preço abaixo do mercado. “A pessoa chega, faz as consultas, recebe encaminhamento para os exames e o faz nas próprias dependências do ambulatório. Assim que os exames ficam prontos, os resultados são enviados para o médico e o paciente pode fazer a consulta de retorno por vídeo (telemedicina) ou pessoalmente, como preferir. De toda maneira, o diagnóstico, as receitas dos medicamentos ou dos tratamentos terapêuticos que precisar estarão disponíveis.
Bem nascer: Integra a assistência multidisciplinar ao período gestacional, parto e puerpério, assim como atendimento ao recém-nascido até completar o primeiro ano de vida. Inicia com a descoberta da gestação e a escolha de uma das nossas obstetras no ambulatório, com agendamentos sistemáticos de todas as consultas do pré-natal, avaliação com anestesista e cardiologista e visita à maternidade.
Após o parto, o acompanhamento ambulatorial continua, com avaliação pós-parto, agendamento da primeira consulta em até uma semana após o nascimento, exames de triagem neonatal, consultas de puericultura até o bobê completar um ano de vida .
Pré-Operatório HPM: avaliações médicas com anestesiologista e cardiologista e realização de exames de extrema importância para pessoas que irão se submeter a alguma cirurgia, conferindo as condições de saúde, reduzindo assim, riscos e complicações. O protocolo de exames vai depender da idade e se o paciente é portador de alguma doença ou faz algum tratamento.
Quartos particulares
O presidente do hospital, Cleto Venturim, explica que a construção de quatros particulares no andar superior ao pavimento Cleto Caliman faz parte das estratégias para atender com diferencial quem tem plano de saúde ou quer atendimento particular. “O projeto é construir em uma parte do andar, que conta com 1.200 m², para ir incorporando essas novas modalidades de atendimento. Provavelmente construiremos o restante no futuro”.
A busca do equilíbrio
Tanto as cirurgias eletivas, quanto o funcionamento do ambulatório, são medidas para buscar o equilíbrio financeiro. “Só o funcionamento do Pronto-Socorro gera um déficit superior a R$ 200 mil mensais. Diversas estratégias são trabalhadas: tentamos revisão contratual com o Estado e pactuações com os municípios mas, além do esforço para conseguir recursos públicos como instituição filantrópica, precisamos aumentar os recursos privados, provenientes de atendimentos particulares e planos de saúde, para conseguir minimizar os impactos da falta de reajustes na tabela SUS há mais de 17 anos”, destaca Esla.
Historicamente o HPM convive com déficits mensais, que crescem com a mudança do perfil dos pacientes, aumentando a complexidade dos casos, e, consequentemente as despesas. Com a pandemia da covid-19, essa situação foi potencializada, eventos beneficentes importantes na manutenção da entidade foram cancelados.
Embora não seja referência na internação de pessoas com covid-19, o hospital faz centenas de atendimentos desde o início da pandemia, chegando a ficar com pacientes por dias na sala de estabilização, até que saíssem as vagas nos hospitais de referência. São pacientes que dependem de assistência complexa e com custo elevado. E o Hospital não recebe remuneração por esses atendimentos.
“A situação financeira do hospital sempre foi suavizada pelas doações, que chegam e ajudam a 'apagar incêndio', recebemos desde dinheiro, a material de construção e alimentos. Tudo isso ajuda muito, assim como as emendas parlamentares indicadas com a finalidade de custeio, podendo ser utilizadas para pagamento de materiais, medicamentos, materiais de escritório, gêneros alimentícios, manutenção de equipamentos e veículos, por exemplo. Mas não é permitido fazer pagamento de pessoal, ou seja, de médicos e de funcionários, que representam cerca de 60% das despesas fixas da Instituição”.