Em 2023 a Associação completa 44 anos de trabalho voluntário em prol do Hospital Padre Máximo
O trabalho voluntário está no DNA de Venda Nova e as Voluntárias, que são pioneiras em organização institucional dessa natureza de ação, querem envolver as novas gerações para garantir o futuro deste movimento
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Quase 10 anos antes da Emancipação Política de Venda Nova, em 1988, um grupo de senhoras do então distrito se uniram para amenizar as adversidades enfrentadas pelo Hospital Padre Máximo. A ideia de se unirem pela causa chegou até elas através do médico, José Luís da Silva Carvalho, que trouxe o conceito desse trabalho do Hospital das Clínicas, de São Paulo. Em 22 de agosto de 1979, foi fundada a Associação das Voluntárias Pró-Hospital Padre Máximo, a pioneira de Venda Nova.
Prestes a completarem 44 anos, as Voluntárias elegeram em março deste ano sua nova diretoria que atuará no biênio 2023/2025. Marília Caliman foi eleita presidente, juntamente com Jacqueline Brioschi (vice), Vânia Lúcia Delpupo (tesoureira) e Marta Moisés (secretária).
Na Assembleia do dia 28 de março deste ano, além da diretoria, também foi eleito o Conselho Fiscal, composto por Marilza Betini Perim, Doracy Ambrosim, Aparecida Helena Fernandes Viçosi e Maria Glória Zandonadi Falqueto (suplente)
“A expectativa é que possamos fortalecer cada vez mais nosso serviço diário, que é fundamental para o Hospital Padre Máximo. Vamos nos empenhar para agregar novas voluntárias à Associação, principalmente as novas gerações, para levar esse legado e essa história adiante’’, diz a nova presidente, Marília Caliman, em relação ao panorama do futuro.
Diferente de outras ações de apoio ao Hospital desenvolvidas ao longo dos anos pela comunidade, o trabalho da Associação não para, é diário e constante. Para doar toda a rouparia utilizada pelo HPM (entregue de acordo com a demanda), as Voluntárias se empenham para manter sua própria renda. Elas se dedicam à produção e venda de artesanatos em geral e contam com doações, com os recursos advindos de rifas e de bingos, com repasses de festas (como a do Socol e da Polenta) e com os lucros do bazar de roupas usadas, que é praticado desde o início da Associação.
As mulheres e suas habilidades
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A Associação conta com a participação de 140 mulheres que, como podem, emprestam seus talentos, e doam as horas, que talvez seriam de folga, para angariar fundos para o Hospital que hoje também é referência para a região. Duas tardes por semana (terças e quintas), grande parte delas se reúne na sede, onde elas cortam, costuram, bordam, rezam e se confraternizam.
É do trabalho destas mãos solidárias que o hospital e seus usuários vêm se beneficiando com toda sua rouparia (lençóis, fronhas, cobertores, travesseiros, toalhas, pijamas, camisolas, campos cirúrgicos, jalecos, entre outros), além dos reparos das roupas danificadas. Dentro das possibilidades da Associação, ainda são comprados equipamentos, utensílios e móveis para o hospital.
As peças confeccionadas são de alta qualidade, com acabamentos impecáveis e com materiais de primeira linha. São inúmeros itens: toalhas de mesa, jogos americanos, toalhas de prato, caminhos de mesa, toalhas de banho, colcha de retalhos, lençóis, fronhas, almofadas, peças do enxoval do bebê, brinquedos de pano (bonecas e centopeia) e artesanato variado (bandeja almofada, puxa-saco, pegadores de panela, porta joias, porta treco, porta recado, porta carregador de celular, peso de porta, entre outros). Tudo é bordado e costurado à mão, com muito amor e delicadeza.
Com técnicas e design que remetem aos costumes e saberes de suas antepassadas, as Voluntárias perpetuam os aprendizados que trazem como herança. Tudo isso confere exclusividade a cada produto, que é repleto de sentimentos e histórias. Assim são as Voluntárias, que com suas mãos delicadas, transformam tecidos e linhas em verdadeiras obras de arte.
Quem quiser colaborar pode doar roupas em geral, calçados e acessórios que estejam em bom estado de uso. O bazar é uma importante fonte de renda para a Associação.
Bazar e loja
Em sua sede a Associação possui um bazar, que funciona de 2ª a 6ª feira, das 12 às 16 horas, onde são vendidos os artesanatos produzidos pelas Voluntárias. Também são comercializadas roupas usadas a preços acessíveis, que vêm de doações de pessoas da comunidade.
Outro ponto físico de venda dos produtos é a loja Da Tutte Mani, na Rota do Lagarto, em Pedra Azul. A comercialização é com o apoio do Instituto Jutta Batista e a loja funciona às sextas-feiras (das 10 às 18h), aos sábados (das 10 às 19h) e aos domingos (das 10 às 18h).