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Câncer colorretal, o segundo mais comum em homens e mulheres

Câncer colorretal, o segundo mais comum em homens e mulheres

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Pelé... Grande Pelé, um ídolo brasi-leiro e exemplo do nosso esporte. Poderia citar nessa matéria inúmeros motivos de exemplo da vida desse grande atleta, mas hoje quero vir lembrar que Pelé lutou contra um grande adversário fora dos campos: o câncer de intestino.

Pelé recebeu o diagnóstico de câncer de cólon em 2021 e morreu em 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos, após longos períodos de internação.

O câncer colorretal (intestino grosso/cólon e reto) resulta em 900 mil mortes anuais no mundo, atrás apenas do câncer de pulmão. No Brasil, a doença é o segundo câncer mais comum em homens e mulheres, com 45.630 novos casos anuais.

Esse tipo de câncer pode se desenvolver silenciosamente por um tempo, sem apresentar nenhum sintoma. Quando o paciente apresenta sintomas pode ser sinal de uma doença mais avançada. Por conta disso, é fundamental a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos – ou 40 anos, caso haja histórico de câncer na família. Este exame pode evitar a doença, pois, por meio dele, é possível diagnosticar e retirar pólipos, que são lesões presas na parede do intestino que poderiam evoluir para câncer.

 

Os principais fatores de risco para o câncer colorretal são:

· Hábitos alimentares não saudáveis – dieta pobre em fibras, com consumo excessivo de alimentos processados e carne vermelha;

· Obesidade;

· Sedentarismo;

· Tabagismo e alto consumo de bebidas alcoólicas;

· Histórico familiar de câncer colorretal, de ovário, útero e/ou câncer de mama;

· Preexistência de doenças como retocolite ulcerativa crônica, doença de Crohn e doenças hereditárias do intestino.

 

Quais são os sinais do câncer colorretal?

· Presença de sangue nas fezes;

· Alternância entre diarreia e prisão de ventre;

· Alteração na forma das fezes (muito finas e compridas);

· Perda de peso sem causa aparente;

· Sensação de fraqueza e/ou diagnóstico de anemia;

· Dor ou desconforto abdominal, e

· Presença de massa abdominal (que pode ser indicativa de tumor).

O  tratamento do câncer colorretal é, em geral, a cirurgia com especialista em oncologia. Em alguns casos, pode ser indicado a  radioterapia e a quimioterapia. Vale lembrar que o câncer é uma doença complexa, que pode exigir abordagens diferentes de caso a caso. Por isso, toda a definição do tratamento, bem como das condutas terapêuticas e do tipo de cirurgia realizada, depende da fase do diagnóstico.

Quando o diagnóstico é precoce, as chances de cura são significativamente maiores e o tratamento se torna mais simples.

Lembre-se, a vida vale muito!

 

Dra. Ana Paula Mazzocco

Cirurgiã Oncológica e Geral

 

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