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A odontologia e a visão global do paciente

A odontologia e a visão global do paciente

A dentista Maria Helena alia sua experiência a de outros especialistas e abre o consultório aos jovens profissionais

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Maria Helena  (CRO 1.143/ES) faz parte do grupo de dentistas
veteranos com formação acadêmica em Venda Nova. Formada
em 1982 pela Universidade do Espírito Santo- Ufes, Maria Helena
logo começou atuar em Venda Nova e paralelamente fez várias
especializações, em Bauru/SP, e até curso nos Estados Unidos.
Seus filhos ainda eram pequenos e ela contou muito com o apoio
do esposo, Fernando Altoé, para assumir os cuidados com
as crianças. Sua terceira filha, Catarina, faz odontologia
e planeja atuar no consultório da mãe.

Em 40 anos de jornada profissional a dentista Maria Helena Falchetto nunca tinha atendido tantos casos de fraturas nos dentes como agora. A pandemia do coronavírus mudou a realidade dos consultórios odontológicos, pois problemas dentários podem ser potencializados por alterações físicas e mentais. Essa condição se tornou mais evidente e todos os dias chegam ao consultório pacientes com dentes quebrados, parafusos de implantes folgados e fraturados, dores orofaciais, *bruxismo.

 “Com o isolamento social e a situação de pandemia aumentaram a ansiedade e a dificuldade para dormir. As pessoas em casa têm como distração cozinhar e comer. Estão agitadas, se alimentando com pressa e mordendo as bochechas, com dificuldades de se concentrar... A maioria apresenta dificuldades para dormir e quando dorme, tenciona a mandíbula porque aperta os dentes e acorda com dores”, avalia.

Esse estado de tensão tem ocasionado desgastes nos dentes e dores articulares, principalmente pelo bruxismo durante o sono. “Isso também acontece durante uma atividade do cotidiano, como dirigir. Elas dirigem apertando os dentes. Quando as pessoas percebem, tentam relaxar. Mas durante o sono não têm como se protegerem e precisam de uma placa, que é a alternativa mais rápida. No entanto, é preciso ir além e passar a praticar uma atividade física, de preferência aeróbica, como complemento de uma terapia”.

Hoje, mais do que nunca, a odontologia está completamente interligada a outras especialidades na área da saúde e, ao contrário do que se imagina, vai muito além dos cuidados com os dentes.  O dentista precisa estar ciente de como está a saúde física e mental do paciente. Problemas gástricos, alterações nas taxas de minerais e vitaminas, obesidade, diabetes, alterações cardíacas, ansiedade, entre outras surgem em paralelo com problemas bucais.  “Por isso, estamos nos empenhando para tratar as causas e não somente as consequências das doenças”.

Além de uma ampla formação odontológica, Maria Helena conta ainda com cursos voltados para o bem-estar físico e mental, com estudos mais recentes em bioenergética. Área que auxilia no entendimento das demandas emocionais dos pacientes, e como elas afetam sua saúde. “Hoje, uma preocupação grande é com a quantidade de pessoas que tratam apenas as consequências e não as causas dos problemas. Durante essa pandemia arrisco a falar que 70% dos pacientes estão chegando com queixas de dores faciais, problemas para dormir, bruxismo, dentes quebrados. Esse é um número muito alto e nós precisamos encontrar um equilíbrio em nossa rotina”.

Diante dessa constatação, o consultório de Maria Helena tem feito um trabalho diferente com sua clientela. O primeiro passo é fazer uma anamnese para conduzir todo o tratamento com uma visão mais holística do paciente, conduzindo-o a práticas saudáveis sob o ponto de vista físico/mental.

 

Diferentes gerações, diferentes problemas:

Fora esse cenário desenhado pela pandemia, um cliente com demandas completamente diferentes das gerações anteriores chega ao consultório na atualidade. Por muito tempo a odontologia foi extremamente restauradora e os pacientes perdiam muitos dentes. Hoje, é mais fácil para realizar tratamentos reabilitadores, com implantes e próteses.

“A odontologia tem evoluído muito com novas técnicas e materiais. Isso garante mais segurança e diferentes possibilidades nos tratamentos de problemas bucais”, explica Maria Helena. Ela cita como exemplo, pacientes que acompanha há 40 anos. “Agora com 100 anos, estão com implantes e dentes naturais em perfeito funcionamento”.

Em contrapartida, os jovens chegam ao consultório com outros problemas. “O índice de cárie é muito menor quando comparado a gerações passadas. Porém há predomínio de lesões cervicais, dores orofaciais, hipersensibilidade e preocupação estética com dentes mais brancos e alinhados”, relata.

As gerações anteriores, que não tiveram acesso à prevenção e perderam muitos dentes, estão procurando o consultório para reabilitação oral, o que é possibilitado pela evolução da odontologia, como mencionado. “Temos soluções para todos os tipos de problemas, desde que seja feito um acompanhamento adequado e que envolva, na maioria das vezes, várias especialidades”.

 

Credibilidade e parcerias profissionais

Maria Helena destaca-se como uma profissional comprometida com o paciente, sua saúde e bem-estar geral. Ela mantém um diálogo frequente com outros profissionais da área da saúde como médicos, terapeutas, educadores físicos e com outros dentistas que trabalham em parceria com ela. Esse atendimento amplo, multiprofissional  cada vez mais praticado, gera confiança e tranquilidade com resultados muito positivos.

 

Implante e cirurgia

Sandro Rene Daroz, CRO 2549-ESé cirurgião dentista
e se formou na Escola de Odontologia de Volta Redonda/RJ
em 1993 . Como descendente de italianos, ele se orgulha
de atender em Venda Nova e com o apoio profissional
e larga experiência de Maria Helena Falchetto.
“Estamos contribuindo para levar saúde bucal e
qualidade de vida à comunidade vendanovense.”

Para atender com melhor qualidade Maria Helena, especialista em prótese e reabilitação oral, tem parceria direta no seu consultório com Sandro Daroz, especialista em implante e cirurgia. Professor e cirurgião com larga experiência.

Sandro Rene Daroz é cirurgião dentista, mestre e especialista em implantodontia, que atua em parceria em seu consultório. Com 28 anos de experiência nessa área, realiza tratamentos por meio dos implantes dentários e regenerações ósseas dos maxilares (enxertos ósseos e gengivais) em variados níveis de complexidade de acordo com as necessidades individuais de cada caso.

O profissional é natural de Cachoeiro de Itapemirim onde atua, mantém um consultório em Vitória, capital, e é professor de curso de especialização em implantodontia na Escola Latino Americana de Odontologia-ELAO, onde já participou contribuindo na formação de mais de 100 profissionais especialistas no Espírito Santo.

 

Distúrbios do sono

* A Bruxa está solta!

Você sabe de onde vem o termo Bruxismo? Na idade média as mulheres curandeiras faziam poções de ervas para tratar doenças. Como era uma prática ilegal da medicina, essas mulheres eram tidas como bruxas, perseguidas e condenadas à fogueira. Durante o período de aprisionamento para a execução, a ansiedade e angústia eram tão grandes que durante a noite elas apertavam e rangiam os dentes produzindo um som característico. Daí, o nome bruxismo! Ele é o hábito involuntário de ranger e apertar os dentes.

Atualmente o bruxismo é largamente estudado na odontologia. Os casos aumentam a cada dia. Uma rotina mais estressante, hábitos de vida não saudáveis, fatores genéticos, dentes desalinhados e maloclusões são algumas causas desse problema.

O bruxismo é caracterizado por uma atividade “exagerada” da musculatura da face, e pode ocorrer durante a noite (bruxismo do sono) mas também ocorre durante o dia (bruxismo em vigília). As consequências são desgastes em rampa, concha e fendas, dores orofaciais e fraturas dos dentes.  O tratamento se baseia em diferentes possibilidades desde a colocação de uma placa miorrelaxante, quanto ajustes de mordida, laserterapia, botox. E talvez o mais importante, a orientação para o paciente praticar atividades físicas, yoga, meditação.

 

Em equipe

Assim como abriu as portas do consultório para o cirurgião dentista Sandro, Maria Helena pensa que uma geração mais jovens de profissionais está chegando e ela quer passar sua experiência, agregando esses novos talentos à sua equipe. Esse é o caso de  Bárbara Luchi, que atua com ortodontia, odontopediatria. A sua filha mais nova, Catarina, cursa odonto e já acompanha as atividades da mãe e pretende atuar em seu consultório, em Venda Nova.

Com essa união de experientes profissionais e jovens dentistas, os pacientes só têm a ganhar. É a experiência de mãos dadas com a modernidade, as novas práticas e avanços tecnológicos. Uma equipe em sintonia, engajada, que acolhe o paciente em todas as suas necessidades e anseios, esclarece as dúvidas, que traça um plano de tratamento eficaz e seguro é capaz de garantir o conforto e a segurança que as pessoas buscam na hora do atendimento.

E a coordenação ampla e irrestrita da Maria Helena em todos os passos dos tratamentos garante a certeza de procedimentos bem executados.  Quando o cirurgião Sandro não se deslocava para atender em seu consultório em Venda Nova, Maria Helena acompanhava seus pacientes até Cachoeiro de Itapemirim. “Essa experiência foi muito boa. Principalmente com os pacientes mais idosos, que são mais vulneráveis. Parei com a odontopediatria e passei a me dedicar aos pacientes mais maduros”.

 

Bárbara Fernandes Luchi, CRO 8037/ES, formada
pela Ufes em 2017 em ortodontia preventiva e,
em interceptativa infantil, pela PUC/MG.
Pós-graduada em ortodontia.

Odontopediatria: a má qualidade do sono e a respiração oral.

Bárbara também percebe essa leva de pacientes com problemas bucais ocasionados pelo estresse agravado pela pandemia e aponta os distúrbios no sono como um dos vilões. “Distúrbios respiratórios do sono estão cada vez mais frequentes, tanto em crianças quanto em adultos, como o ronco e a apneia (respiração interrompida)”.

Ela explica que o dentista através de uma anamnese detalhada é capaz de diagnosticar e, em conjunto com outros profissionais, tratar essas queixas Segundo Bárbara, é importante as pessoas estarem atentas à qualidade do sono, ao ronco, à agitação noturna e ao aumento da irritabilidade.

O sono de má qualidade em crianças   compromete a produção e liberação de hormônios do crescimento e desenvolvimento, além de interferir na aprendizagem escolar. Por conseguinte, o sono ruim em adultos pode levar a problemas cardíacos e cerebrais.

Bárbara chama a atenção dos pais para ficarem vigilantes durante o sono ou mesmo se durante o dia o filho tem respirado pela boca. Suas consequências causam sérios danos, como alterações no desenvolvimento e crescimento dos ossos da face, alteração na postura, alterações dentárias. 'Fica evidente, a presença de olheiras, lábios ressecados, gengiva inflamada, mais cáries, mordida aberta entre outros problemas. O diagnóstico de respiração oral é difícil e multiprofissional”, conclui. 

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