75 anos do Rio Branco: Música, gritos e emoção - Uma torcida de tirar o fôlego
A mais recente demonstração de paixão pelo Rio Branco é o movimento da torcida organizada que colore as arquibancadas desde 2016
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A torcida forte do Rio Branco ganhou nome e organização: Fúria Tricolor, que desde 2016 enche as arquibancadas do Rio Branco. E o que sempre foi animado, ficou ainda mais: torcedores uniformizados, cantando ao som da batucada liderada por Gláucio Codesso e incentivando os jogadores com versos que enaltece o 'Brancão'. Também têm foguetórios para recepcionar o time em campo.
Tudo começou quando a diretoria do Rio Branco, entrou em contato com Ratinho (ex-jogador do clube), com Willian Louzada e Dyckson Freitas, para ajudar na divulgação do Campeonato. “Foi então que nós pensamos em montar a torcida organizada. Sentamos no Bar do Neném, no Bairro Vila Betânea, para decidir o nome. Como eu sou vascaíno e o Willian, flamenguista roxo, optamos pelo nome 'Fúria”, que não tem relação com as duas torcidas, e “Tricolor”, pelas cores vermelho, verde e branco do Rio Branco”.
Juntos com o amigo “Urso”, o trio pensou em fazer a camisa para distinguir a torcida Fúria. “Urso desenhou uma polenta forte, pois a polenta é um símbolo para nossa cidade. Depois de pronta, começamos a vender as camisas pelo preço de custo e assim incentivar mais torcedores”, relembra Ratinho.
Um dos maiores desafios encontrados, de acordo com ele, foi convencer os torcedores mais afoitos de que o objetivo da torcida organizada é justamente torcer, como propõe o nome da organização. “É difícil ainda colocar na cabeça das pessoas que temos que apenas torcer sem arranjar mais problemas”, declara Ratinho, admitindo precisar sempre focar, pois também é um passional quando o assunto é futebol.
No começo a direção da torcida organizada não tinha a preocupação em criar condições para admitir torcedores. “Não imaginávamos que ia dar tão certo. Nos últimos dois anos percebemos a necessidade e começamos a impor regras e vender camisas mediante a avaliação do perfil da pessoa. Mais pessoas se propuseram a ajudar, como Anderson Busato (Kiko), Alessandro 'Katatal', Valério, Raphael 'Peralta', PJ Barros Júnior (Urso), Antônio (Toninho), Willian 'Baianinho', e o Lucas (Coqueiro). Contamos com uma turma boa e comprometida”.
A estreia da Fúria, que não se limita a agitar o estádio em dias de jogos, foi no primeiro jogo do Campeonato contra o Castelo, em casa. Convocados, já no primeiro ano de atividade, os voluntários da Fúria ajudaram a arrecadar 15 edredons para os jogadores em menos de 30 minutos em ação. “Também doamos algumas chuteiras, além de cestas básicas e ajudamos resolver algumas necessidades de pessoas que integram a Fúria”, informa Ratinho.
Cores na torcida
De acordo com Kiko, antes de criar uma torcida organizada (e com administração), eles sempre tentavam fazer uma festa linda na arquibancada, “com balões, papel picado, fumaças nas cores do clube. Porém, isso custa caro e, na maioria das vezes, fazíamos 'vaquinha' com a torcida e até tirávamos dinheiro do próprio bolso”.
Ele ressalta que a criação dessa diretoria foi necessária por causa do crescimento da torcida e do próprio time do Rio Branco nas competições. “Decidimos criar formas de arrecadar dinheiro para poder dar continuidade a festa na arquibancada”.
De acordo com Kiko, atualmente a Fúria Tricolor tem dois objetivos: primeiro manter a festa na arquibancada e segundo, voltar a fazer campanhas sociais “Essa será, sem dúvida, nossa maior vitória fora dos gramados: ajudar quem mais precisa“.
“Não podemos deixar de ressaltar a importância da bateria, comandada pelo amigo Gláucio, que não para de tocar em momento algum durante os jogos dentro e fora de casa, a eles a nossa gratidão“, conclui.