45ª Festa da Polenta - Prato do Nonno foi a inovação no Paiol
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Sob a coordenação de Maria Reni Falqueto, Antônio Renilto Zandonadi e Jaime Zorzal, o Paiol do Nonno segue sendo a atração que movimenta um grande número de turistas durante a Festa da Polenta. Este ano, a inovação ficou por conta do 'prato do nonno'.
De acordo com Reni, a ideia surgiu porque no ano passado muitas pessoas procuravam salada, carne de boi e costelinha no Paiol. “Foi por uma teimosia que implantamos o prato, pois uns falavam que iria dar certo outros não. Ai, eu bolei o cardápio: arroz, cenoura cozida, carne seca desfiada temperada com salsinha, bacon e salada de almeirão, repolhos branco e roxo e cebolinha verde temperada com vinagre caseiro de banana’’.
Para Reni, a insistência em oferecer um prato diferente fez despontar uma nova oferta, que deu certo e ela acredita que futuramente terá muito mais aceitação. O Prato do Nonno foi vendido ao mesmo valor do prato típico: R$ 35,00.
A cozinha do Paiol do Nonno ofereceu também as porções: polenta com linguiça e aipim com torresmo. “Demos as opções de misturar essas iguarias. Tinha pessoas que queriam linguiça com torresmo e a gente montava a porção na mesma proporção por ser o mesmo valor. Tinha também porção de costelinha de porco e carne de boi de panela, no mesmo valor da porção. Para completar o cardápio, tinha caldo de cana, pastel, socol fatiado e socol em peça, que esse ano foi padronizado”.
Um novo espaço para a produção de mascavo
Angelim Falqueto e a diretoria da Afepol conversaram sobre a ideia de ampliar a produção de açúcar mascavo, uma atividade tradicionalmente feita pelos voluntários do Paiol do Nonno. A conversa rendeu e surgiu o projeto de criar um espaço especialmente para produção do açúcar fora do Paiol, considerando que além de ficar escondido e fora de visão do público, gerava muita fumaça.
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Foi criada então uma subequipe (ainda ligada ao Paiol), que está sob coordenação de Tarcísio Falqueto, o Ciso. Ele explica que aumentar a produção era inevitável, pois os produtos sempre tiveram boa saída na Festa da Polenta. “Os derivados do açúcar são vários e convidei meus amigos que já sabem fazer açúcar para facilitar o trabalho. Deu certo’’.
Ciso, Ronaldo Ambrosim e Lucimar Falchetto trabalharam uma semana antes da Festa no corte da cana e algumas tachadas para suprir o volume de vendas iniciais. A barraca, com estrutura de fogão para o tacho e bancada, funcionou nos sábados e domingos, das 8h30 até por volta das 18h.
Durante a Festa foram produzidos 12 tachos e voluntários aproveitaram para preparar açúcar para a Festa de Nossa Senhora Aparecida, de Alto Bananeiras. “Como a cana era doação, entendemos que poderíamos também fazer uma doação para a comunidade de Alto Bananeiras”.
No espaço do evento, o trabalho resultou na venda de 148 pés de moleque, 125 doces em pedaços, 79 quilos de açúcar, 69 rapaduras, 46 doces de gengibre com mamão, 67 litros de melado e 22 litros de vinagre. Do total arrecado até o fim da Festa, a barraca rendeu R$ 11.440,00 para a Festa. De acordo com Ciso, a venda das canas restantes pode render ainda um pouco.
Ele ressalta que além do empenho dos 13 voluntários que compõem a nova subequipe, a barraca do açúcar contou com a doação de Roberto Caliman e Getúlio Zardo, que cederam parte do açúcar moído nas propriedades de Ambrósio Falqueto e de Marco Caliman que foi levada para o Centro de Eventos em bombonas de 50 litros.