45ª Festa da Polenta - Desfiles homenageiam as famílias e o voluntariado
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Com a participação de 28 famílias de origem trevisana e cinco de origem trentina, o Desfile das Famílias, promovido na manhã do segundo sábado da 45ª Festa da Polenta bateu o seu recorde em participação de pessoas da comunidade trajadas tipicamente para esta atração. De acordo com Luan Falqueto, presidente da Associação Trevisani Nel Mondo, que organiza o desfile, já houve desfiles com um número maior de famílias, mas neste a quantidade de pessoas de cada família e a decoração dos carros superam as versões anteriores.
A concentração do Desfile foi nas proximidades da Escola Fioravante Caliman. Previsto para começar às 9 horas, os ajustes de última hora levaram a saída para 20 minutos depois.
Luan observa que a participação das famílias foi intensa nesta edição, principalmente pelo volume de integrantes em cada ala. “Foi necessário manter o passo mais acelerado, principalmente no início, pois é normal até ter o ritmo da caminhada de todo o grupo. Este ano, para auxiliar esse controle, foram utilizados rádios comunicadores, o que ajudou a definir o ritmo logo no início e evitar os "buracos" entre as alas. Outro ponto com o qual ficamos atentos foi a travessia da rodovia. Para liberar o trânsito o mais rápido possível, aceleramos o passo naquele trecho e conseguimos atravessar em 28 minutos”.
Para melhor identificação, cada família trevisana era precedida por uma faixa com o nome na grafia original, província de origem e um lema ou "grito de guerra" em italiano, com a tradução dessa frase logo abaixo. Já as famílias trentinas se organizaram com estandartes com o brasão da região de Trento e o nome da família.
Tema
Neste ano, com o tema "Retratos de Família", a organização avalia que as famílias conseguiram levar suas histórias e memórias características para a rua. “A criatividade na elaboração dos carros, nos trajes, nas fotos e objetos trouxe o encanto que faz o desfile ter sentido”, observa Luan.
Ao ser questionado se houve elementos ou formas de apresentação que chamaram mais a atenção do público, Luan observa que a família Perim, por exemplo, inovou a fazer uma réplica da "Casa da Catana”. A família conseguiu mostrar a forma como algumas famílias, ao chegarem na região, tiveram que se abrigar. Elas se valiam das raízes protuberantes de algumas árvores para construir um abrigo provisório. “Quem assistiu conseguiu imaginar o que foi chegar nessas terras no início da imigração, quando aqui não tinha estrutura. Tudo deveria ser improvisado e construído por eles mesmos”.
Para Luan, o Desfile das Famílias se consolida como uma importante atração na programação da Festa da Polenta, tanto para mostrar e resgatar a cultura quanto para chamar a atenção do turista. “Durante todo o percurso, vimos que as pessoas assistiam enquanto andavam a passos calmos e registravam o que viam em fotos e vídeos. Assim, iam até o Centro de Eventos juntos ao desfile para apreciar o final lá dentro”.
Luan se recorda que o Desfile foi criado em 2013 com seis a oito famílias e hoje tomou essa proporção. “É gratificante ver as pessoas envolvidas com a cultura, trazendo as crianças, vestindo seus trajes típicos, ornamentando os carros e saindo para a rua mostrando com orgulho o nome e a história de suas famílias. Isso traz brilho ao movimento e faz com que novas ideias surjam para o próximo ano, tornando o desfile vivo e autêntico”.
O Desfile dos Voluntários
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Com o tema 'Voluntários, a Força que Move Venda Nova', o desfile da manhã do primeiro sábado levou para as ruas 12 entidades. Cada uma demonstrou o trabalho que realiza na ornamentação dos carros e cartazes. Os trabalhos manuais, como colchas de retalho, peças em crochês ou feitas com outras habilidades artesanais encantaram o público
A organização avalia esta primeira experiência como muito positiva. “É importante mostrar todo o potencial que o voluntariado vendanovense possui. A Festa da Polenta é o auge, mas durante o ano todo essa força trabalha e faz a diferença em várias áreas”, pontua Luan.
Sobre continuar com o tema nos próximos anos, Luan ressalta que, apesar de termos outras sugestões, a avaliação das entidades participantes foi positiva. “Isso nos deixa mais encorajados a manter o formato e trazer as entidades nos próximos anos ainda com mais expressão”.