25 anos do ALPES HOTEL
Data de Publicação: 24 de fevereiro de 2017 09:04:00 Tipicamente urbano, o hotel viu no incentivo ao agroturismo o fortalecimento de sua atividade e a valorização das riquezas culturais de Venda Nova e região
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Haydée e Carmem, as irmãs matriarcas das duas famílias, que investiram no projeto,
colocando sua marca ao se empenharem com a mente e o coração.
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Originado da sociedade entre as famílias Feitosa Perim e Feitosa Altoé, o Alpes Hotel, que fica na parte central de Venda Nova, está completando 25 anos em maio. O empreendimento, que foi inaugurado em 1992, oferecendo os serviços de hospedagem, restaurante, casa de massas, salão de convenções e lavanderia, tem dentre os seus méritos o reconhecimento na cultura local como o seu grande atrativo.
O projeto foi idealizado por Luiz Carlos Feitosa Perim, que logo percebeu a crescente demanda por serviços turísticos em Venda Nova e na região, o ampliando e incluindo também um centro de agroturismo (onde é atualmente um centro comercial com vários empreendimentos de gastronomia).
No início, percebeu-se a necessidade de criar atividades para os hóspedes nos finais de semana. Assim, com veículo próprio, os proprietários do hotel começaram a levá-los para conhecer as propriedades que já tinham algum tipo de produto artesanal rural (Tia Cila, Fazenda Carnielli, entre outros), bem como o Parque Estadual da Pedra Azul.
Um dos ícones desta época foi o saudoso José Altoé, que com mais de 90 anos e lúcido, confeccionava cestos de bambu e tinha boa memória para contar histórias aos visitantes e jornalistas. Antônio, um dos seus filhos, aprendeu a atividade com ele e a demanda turística incentivou seus netos a ingressarem na atividade. Tia Cila (uma das filhas de José) também conquistou a mídia e os visitantes com seus saborosos biscoitos assados no forno a lenha, além dos licores, dentre eles o de rosas, feito com as flores colhidas na própria propriedade.
Arquitetonicamente, o projeto do hotel aliou modernidade e a restauração de um casarão remanescente das construções do início do século XX. Instalou-se nesta parte o restaurante do Hotel, o Ristorante Dalla Ninna, oferecendo no almoço buffet variado de saladas, carnes, acompanhamentos e doces e, como 'carro-chefe', o rodízio de massas.
Apesar da fama, o restaurante não estava sendo economicamente viável à época e, em outubro de 2006, tomou-se a difícil decisão de encerrar as atividades diárias do Dalla Ninna. A casa de massas permaneceu para fabricar a maioria dos produtos servidos no café da manhã e as massas, especialmente spaguetti, tagliarine e cappeletti, com maior demanda.
Como matriarcas do empreendimento, as irmãs Carmem Feitosa Altoé (mãe de Gláucia) e Haydée Feitosa Perim (mãe de Luiz) dividiram suas atenções de acordo com suas habilidades de vocações. Carmem cuidou de desenvolver o cardápio de massas enquanto Haydée se ocupou dos detalhes da hospedagem, como rouparia.
“Tia Haydée procurou o que tinha de melhor em termos de lençóis e toalhas de banho. Ela também selecionou os produtos de limpeza. Como boa pesquisadora que sempre foi, buscou os melhores produtos para usar na lavanderia, que até hoje usa os mesmos, pois nenhum outro superou sua eficiência”, avalia Gláucia.
Como poucos empreendimentos erguidos com recursos do BNDES, o Alpes Hotel cumpriu de forma tão precisa o desenvolvimento de sua comunidade, abrindo novos mercados de trabalho (dentro e fora de seu estabelecimento). “O empreendimento catalisou e acelerou o processo de implantação do agroturismo, levando oportunidade de emprego e renda para as famílias rurais”, descreve Gláucia, que concilia sua atividade de bancária com o gerenciamento do Alpes.
Para Gláucia, dentro os motivos para o sucesso do Alpes Hotel foi o treinamento da mão de obra, um cuidado que a Casa teve antes de abrir suas portas e que ainda mantém. “Formamos muita mão de obra que se destacou no empreendimento e alçou voos em outros projetos. Esta contribuição também nos enche de orgulho.”