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“L'Italia Siamo Noi” - segunda edição do musical acompanha tema da 45ª Festa da Polenta

“L'Italia Siamo Noi” - segunda edição do musical acompanha tema da 45ª Festa da Polenta

Um palco projetado especialmente para o espetáculo permitir melhor visualizações das cenas que ilustrarão um pouco da história construída pelo imigrante italiano

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Com quatro escolas envolvidas (Alto Caxixe, Domingos Perim, Fioravante Caliman e Atílio Pizzol), 292      crianças de Venda Nova estão ensaiando para integrar o musical “L'Italia Siamo Noi”, que será apresentado nas noites de quinta e de sexta-feira do segundo final de semana da Festa da Polenta, em Venda Nova. Em fase final da construção, o espetáculo reúne pelo menos 370 pessoas entre produção, orquestra, elenco de artistas e os figurantes envolvidos. Na grade de domingo, dia 8, às 12h50, o Coral Infantil Sol da Manhã dará uma pala do que vai acontecer na semana seguinte. 

Além da beleza cênica e musical, o “L'Italia Siamo Noi” ou, em tradução livre, “A Itália Somos Nós”, traz a italianidade do imigrante, que é muito diferente de quem mora na Itália hoje e representa o que as famílias construíram com os recursos encontrados no Brasil, em especial em Venda Nova. “Não tinha pedra, usaram taipa; não tinha o trigo, adotaram o fubá... Esta é a cultura do imigrante italiano”, ressalta Inárley Carletti, maestro e coordenador do projeto musical.

Para Carletti, o Tombo da Polenta é um exemplo de representação de nuances culturais que nunca existiram na Itália e que são criações exclusivas dos imigrantes. Ele também considera que os grupos culturais locais são maiores em número e bem mais evoluídos do que os do Norte da Itália. “O musical vem para contar um pouco da história de como nós somos Itália hoje. Lá tem o Carnaval de Veneza e aqui temos Serenata Italiana: eles têm o risoto e nós, a polenta. Lá, o Grano Bianco, aqui o Granello Giallo... Todas as cenas vão retratar o que é a Itália em Venda nova. Somos nós de outra forma, somos descendentes e nem a nossa pele é igual a deles. São 150 anos da imigração no ano que vem e 45 anos da Festa da polenta esse ano, que serão priorizados no espetáculo”.

Carletti ressalta que as cenas da Guerra e da imigração são história que, embora não mudem, podem ser contadas de outra forma. “O espetáculo é algo novo. Como musical, são momentos encenados de forma diferente, lançando mão de efeitos especiais”. Ele ainda adianta que terão muitas cenas surpresas e que o público pode esperar grandiosidade.

“Tudo que se faz em Venda Nova é grandioso porque é um celeiro de artistas. Creio que não temos no Espírito Santo um município com tantos artistas e onde a cultura italiana seja tão valorizada e tão bem-quista. Quando se trabalha num musical com tanta diversidade de grupos artísticos, a costura disso tudo costuma ser um pouco mais delicada”. Carletti se refere ao desafio de inserir as pessoas certas em cenas certas, para que o espetáculo não fique cansativo e nem repetitivo. “É um espetáculo grandioso, que vem próximo dos 150 anos de imigração italiana no Brasil, sendo que o Espírito Santo é o primeiro Estado a receber os imigrantes. Trata-se de um marco importante e precisamos mostrar isso, através de nossas tradições e Venda Nova é o hoje o município que mais mantém e difunde”.

 

Integração

Carletti salienta que toda montagem do espetáculo não sai pronta da cabeça do maestro, mas que se trata de uma construção no município.  “Tenho em mente o roteiro, mas tudo é decidido junto com a diretoria da Afepol, que é muito presente em todas as ideias e questões. Tudo junto e isso traz um crédito maior nessa qualidade”.

Para o maestro, o que importa é uma história contada de uma forma linda, mas que seja entregue como um espetáculo, onde as pessoas fiquem encantadas. “Nosso palco é um projeto diferenciado, com boca de cena maior, orquestra quase no fosso para não atrapalhar a cena e isso faz muita diferença. Todo o crédito para essa magnitude de espetáculo, que é o maior do gênero no Espírito Santo já construído até agora, é todo da diretoria da Afepol, que não mede esforços para captar recursos para o figurino, a estrutura e tudo que for necessário para que possamos entregar a encenação digna de qualidade”.

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