Cafés ESPECIAIS em Bela Aurora Tem projeto novo na propriedade da família Zandonade
![]() |
![]() |
Em breve uma torrefação integrada com uma loja de cafés especiais estará em funcionamento em Bela Aurora, comunidade rural de Venda Nova. O empreendimento será em um casarão antigo com mais de 100 anos de história que está sendo reformado e fica localizado na entrada da famosa pousada e restaurante (que tem o nome do lugar). Cercado de sombra e da beleza das jabuticabeiras, o local tem como objetivo proporcionar conforto, aconchego e muitas experiências sensoriais aos clientes.
O projeto nasceu da ousadia de Luiz Felipe Andrião Zandonade, filho de Marli Andrião e Luiz Carlos Zandonade, e agora ganha o reforço da participação da irmã Tatiani. O processo na escalada de um café de boa pontuação começou na safra de 2016 e decolou em 2020 (com grãos de 84 a 90 pontos), quando foi criada a marca com o nome e a história da família.
Com as embalagens prontas e a criação do especialíssimo 'Café da Marli', a torrefação vai abrir as portas para comercializar direto com o consumidor final.
Dentre os principais atrativos, temos o Café da Marli, que homenageia a matriarca e trata-se do nano lote tardio formado pelos grãos remanescentes das colheitas principais. “Sempre que termina a colheita, ficam os grãos verdes. Para não os perder eu resolvi diariamente fazer a coleta manual à medida que os grãos ficam maduros”, explica Marli, que rotineiramente acorda cedo, pega um embornal com um baldinho e parte para a lavoura.
Este ano ela começou a colher em agosto e acredita que vai até o final de outubro - quando a temperatura começa a subir e a umidade aumentar. Com um rendimento máximo de dois litros por dia e um total de 30 quilos na safra passada, o café bebe 90 pontos e, com uma torra especial, resultou numa bebida frutada com notas de rapadura.
“Eu amo fazer isso. Esses grãos que ficariam para trás, hoje é nosso melhor café” - disse Marli sobre o café preciosíssimo, que se tornaria uma bebida rio depois que caísse no chão. Todo café da propriedade é resultado da coleta seletiva e Marli participa ativamente dessa atividade, assim como da recata na estufa.
Ela conta com entusiasmo que o torrador novo (ainda dentro da caixa) é o primeiro modelo black do mundo. Luiz Felipe explica que o equipamento é de alta tecnologia e a automatização do processo irá contribuir ainda mais para a garantia da qualidade dos cafés, pois irá garantir um perfil de torra padronizado. “A automatização é também uma vantagem frente à escassez de recurso humano atual na propriedade – que é 100% familiar. Hoje a torra é feita por mim, porém em máquina terceirizada. Com a aquisição de um torrador próprio ganharemos mais qualidade e independência no processo. E além disso, com a loja integrada à torrefação, os clientes poderão observar a torra dos grãos acontecendo, já que o local será todo de vidro”.